Tenho
duas turmas de faixa etária 4 na qual eram para serem composta por 20 crianças,
mas no momento a 4A do turno manhã tem 18, e a 4B do turno tarde tem 19.
Percebo
as turmas iguais em alguns aspectos, como sendo tranquilas, por mostrarem apreciar
os momentos das rodas de histórias, das atividades que envolvem artes plásticas
e das brincadeiras dirigidas.
Mas
também percebo suas diferenças, ainda bem!
A
turma 4A me mostra diariamente o quanto são curiosos, observadores, que gostam
de novidades.
E
pelo fato de trazerem através de suas falas vivências de seu cotidiano em casa
e na escola, consegui a partir de suas inquietações elaborar um Projeto de
Aprendizagem que já está sendo desenvolvido.
Na turma 4B a partir de suas
especificidades, percebo que as crianças mostram apreciar mais os momentos de jogos,
os de brincar, construir e reconstruir.
Também
percebi que até o presente momento ainda não apresentaram nenhum assunto
específico que as incomoda ou que nos leve a uma investigação.
Então partindo dessa
analise, pretendo por enquanto construir juntamente com as crianças um projeto
que contemple o que apreciam e que estimule seu desenvolvimento de forma
significativa e prazerosa, possibilitando que elas possam transformar nossa
realidade em relação à metodologia que iremos seguir, para assim possibilitar que
elas possam buscar respostas para os seus “problemas reais”.
Pois a partir das
aprendizagens construídas sobre os métodos globalizados, fica claro o quanto as
crianças e nós professores “ganhamos” quando utilizamos essa metodologia, mais especificamente
Projeto de Aprendizagem, que parte de uma situação real e as crianças são as
protagonistas do ensino devido ao fio condutor que será a partir de suas
capacidades, interesses e motivações.
Atualmente durante minhas
práticas com as duas turmas estou compreendendo o quanto fica mais fácil
trabalhar a partir deste, pois as coisas fluem com uma facilidade, os objetivos
específicos surgem a todo momento, me facilitando a elaboração das próximas etapas
a seguir, pois as crianças me dizem e me mostram o que querem, o que as inquietam,
se estão gostando e que caminho devo seguir.
Isso tudo me deixa mais motivada e também desperta
minha curiosidade em relação às novas descobertas, pois aos poucos percebo que
sei muito pouco sobre o que estamos pesquisando.
Já
na turma que ainda não consegui nenhum assunto específico e que nos leve a uma
investigação, estou me sentindo um pouco perdida, tenho dificuldade em elaborar
as atividades.
Penso
que isso acontece pelo fato de acreditar não estar proporcionando o que seria
melhor para todos nós, crianças e eu. E isso me inquieta, bate um desespero,
mas não desanimo, sigo em frente, pois é necessário, não quero ser apenas uma
professora, quero fazer a diferença para que as crianças possam ser felizes, que
tenham momentos repletos de experiências, e que esses sejam ricos durante a
construção das aprendizagens.
Referência:
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação. Os projetos de trabalho. Artes
Médicas Sul LTDA, São Paulo – 1998.
LÉA,
da Cruz Fagundes; NEVADO, Rosane Aragón; BASSO, Marcus Vinicius; BITENCOURT,
Juliano; MENEZES, Crediné Silva; MONTEIRO, Valéria Cristina P. C. Projetos
de Aprendizagem - Uma experiência mediada por ambientes telemáticos. In Revista
Brasileira de Informática na Educação. Volume 14 - Número 1 - Janeiro a Abril
de 2006.
VIDIELLA, Antoni Zabala. La práctica educativa.
Cómo enseñar. Editorial Graó - Colofón, noviembre
2006.
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