sexta-feira, 12 de maio de 2017

Refletindo a partir das práticas

Tenho duas turmas de faixa etária 4 na qual eram para serem composta por 20 crianças, mas no momento a 4A do turno manhã tem 18, e a 4B do turno tarde tem 19.
Percebo as turmas iguais em alguns aspectos, como sendo tranquilas, por mostrarem apreciar os momentos das rodas de histórias, das atividades que envolvem artes plásticas e das brincadeiras dirigidas.
Mas também percebo suas diferenças, ainda bem!
A turma 4A me mostra diariamente o quanto são curiosos, observadores, que gostam de novidades.
E pelo fato de trazerem através de suas falas vivências de seu cotidiano em casa e na escola, consegui a partir de suas inquietações elaborar um Projeto de Aprendizagem que já está sendo desenvolvido.
Na turma 4B a partir de suas especificidades, percebo que as crianças mostram apreciar mais os momentos de jogos, os de brincar, construir e reconstruir.
Também percebi que até o presente momento ainda não apresentaram nenhum assunto específico que as incomoda ou que nos leve a uma investigação.
Então partindo dessa analise, pretendo por enquanto construir juntamente com as crianças um projeto que contemple o que apreciam e que estimule seu desenvolvimento de forma significativa e prazerosa, possibilitando que elas possam transformar nossa realidade em relação à metodologia que iremos seguir, para assim possibilitar que elas possam buscar respostas para os seus “problemas reais”.
Pois a partir das aprendizagens construídas sobre os métodos globalizados, fica claro o quanto as crianças e nós professores “ganhamos” quando utilizamos essa metodologia, mais especificamente Projeto de Aprendizagem, que parte de uma situação real e as crianças são as protagonistas do ensino devido ao fio condutor que será a partir de suas capacidades, interesses e motivações.
Atualmente durante minhas práticas com as duas turmas estou compreendendo o quanto fica mais fácil trabalhar a partir deste, pois as coisas fluem com uma facilidade, os objetivos específicos surgem a todo momento, me facilitando a elaboração das próximas etapas a seguir, pois as crianças me dizem e me mostram o que querem, o que as inquietam, se estão gostando e que caminho devo seguir.
 Isso tudo me deixa mais motivada e também desperta minha curiosidade em relação às novas descobertas, pois aos poucos percebo que sei muito pouco sobre o que estamos pesquisando.
Já na turma que ainda não consegui nenhum assunto específico e que nos leve a uma investigação, estou me sentindo um pouco perdida, tenho dificuldade em elaborar as atividades.
Penso que isso acontece pelo fato de acreditar não estar proporcionando o que seria melhor para todos nós, crianças e eu. E isso me inquieta, bate um desespero, mas não desanimo, sigo em frente, pois é necessário, não quero ser apenas uma professora, quero fazer a diferença para que as crianças possam ser felizes, que tenham momentos repletos de experiências, e que esses sejam ricos durante a construção das aprendizagens.
Referência:
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação. Os projetos de trabalho. Artes Médicas Sul LTDA, São Paulo – 1998.
LÉA, da Cruz Fagundes; NEVADO, Rosane Aragón; BASSO, Marcus Vinicius; BITENCOURT, Juliano; MENEZES, Crediné Silva; MONTEIRO, Valéria Cristina P. C. Projetos de Aprendizagem - Uma experiência mediada por ambientes telemáticos. In Revista Brasileira de Informática na Educação. Volume 14 - Número 1 - Janeiro a Abril de 2006.
VIDIELLA, Antoni Zabala. La práctica educativa. Cómo enseñar. Editorial Graó - Colofón, noviembre 2006.







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