No primeiro dia na Interdisciplina de Alfabetização, eu estava nervosa, mas ao mesmo tempo ansiosa. Quando a professora foi apresentada para turma, olhei e pensei, hoje será uma nova etapa na minha vida em relação a alfabetização.

Minhas lembranças de alfabetização
Tenho boas lembranças do meu tempo de alfabetização.
Quando iniciei na escola no primeiro ano, aos meus seis anos. Lembro
claramente, que quando entrava na sala, imediatamente começava a chorar, a
professora era muito atenciosa, me colocava no colo e tentava de várias
maneiras me cativar.
No início lembro que a professora me perguntava se queria
ir na sala em que minha irmã estudava, e eu dizia sim. Ao chegar, pedia para ficar um pouco com ela,
e lá ficava atenta ao que a professora do segundo ano explicava.
Adorava ver tudo que estava exposto nas paredes. E com o
tempo, fui ficando em minha sala, e aprendendo as vogais, adorava, imitava e
registrava tudo, aquelas letras que se transformavam em desenhos.
Meu lugar alfabetizador
Este ano, trabalho com uma turma de
três anos em turno integral.
Acredito que meu
papel de alfabetizador seja oferecer um ambiente letrado, com diferentes formas
de escrita, através de diversos materiais impressos, de jogos, vivências em que
as crianças atuem ativamente, como nas rodas, nossos cartazes, a chamada, onde
colocamos um elemento mediador para identificação do nome, o calendário, a
agenda, e até mesmo os bilhetes que enviamos aos responsáveis.
Minhas inquietações
Minhas inquietações são muitas. Penso as vezes não estar
preparada, digo qualificada o bastante para poder oferecer as aprendizagens
corretamente.
Muitas vezes tenho dúvidas, e tento me auto avaliar.
Visito a sala de outras turmas, faço perguntas e peço opiniões para as colegas.
Também fico preocupada com as crianças especiais. Me questiono, será que estou
fazendo de maneira correta, respeitando o tempo delas.
Teve também um caso que ocorreu na escola, em que me
referi a minha sala como um ambiente alfabetizador, e uma colega disse, "Não se
fala alfabetizador, e sim letrado". E agora, mais uma dúvida!
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