sábado, 2 de janeiro de 2016

Pedagogias da Mídia Erotização Infantil

http://milc.net.br/wp-content/uploads/lilica-ripilica-outdoor.jpg 

"O que estamos fazendo com nossas meninas?"

A imagem é referente a campanha publicitária da grife Lilica Ripilica, que foi veiculada em suportes como revistas, jornais, outdoors e na internet. Mostra a foto de uma menina com cerca de cinco anos sentada em uma espécie de divã. A mesma está com a boca lambuzada de algum doce. Ao seu lado a escrita “Use e se Lambuze”.
Na imagem se vê, exatamente o que se refere o texto, de Felipe e Guizzo. A estimulação precoce de crianças em relação ao consumismo, suas atitudes perante ao ato de se portar, de se vestir, suas preocupações com a aparência. E também da vulnerabilidade das crianças que atuam nas campanhas publicitárias.
 Nessa propaganda, usaram uma menina bonita, de cor branca. E conforme a moda atual, em que as crianças estão aderindo a criação do comportamento em que se vestem como adultos. A mesma está usando roupas com cores suaves, incluindo o rosa, para assim, seduzir o público infantil. Mais direcionado a parte feminina, que aprecia muito esses modelos de roupas, que são usados por mulheres de mais idade.  
A menina mostra uma expressão angelical, com o rosto lambuzado e os dizeres ao lado, mostra assim, que a propaganda abusa no uso de sua sensualidade, expondo assim a criança, e a deixando vulnerável a sociedade, principalmente as do gênero masculino adulto.

REFERÊNCIAS:
FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca Erotização dos corpos infantis na sociedade do consumo. Pro-posições, vol. 14, n. 13. (42), set.dez., 2003. Disponível em: https://www.proposições.fe.unicaamp.br/proposicoes/textos/42-dossie-felipej_etal.pdf
FLORES, Alice Lacerda Pio; OLIVEIRA, José Nunes JR, SANTOS, Maria Eduarda Viana, TEIXEIRA, Suellen Souza. Erotização e Infância: as duas faces da publicidade. Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação. Ano 4 - Edição 3 de março/maio 2011.

 Produção da Infância Soft



     A partir do texto de Borges e Cunha, pode-se dizer que foi a partir do renascimento, que o sentimento de infância foi forjado. Através de imagens infantis, extremamente padronizados, com imagens que propunham a mostrar um rosto puro e angelical, na qual as crianças deveriam simbolizar os princípios católicos da época, que hoje em dia, ainda não é muito diferente.
    A mídia ainda faz esse apelo através de várias propagandas, seus modelos sempre são bebês "fofos", aspecto angelical, como antigamente, de aparência saudável. 
   Mas os responsáveis se deixam levar, pois querem sem maldade mostrar os filhos "lindos e perfeitos" para todos, como nos mostra diariamente várias redes sociais, como facebook, e a nova moda do Newborn.

REFERÊNCIAS:
BORGES, Camila Bettin; CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais. Textura, v. 17, n 34, p. 99-111, maio/agosto.2015.





Um comentário:

  1. Olá Adriana,
    suas reflexões sobre as infâncias demonstram seu envolvimento com o conteúdo estudo nessa interdisciplina. Através dos estudos de FELIPE,Jane;Guizo conseguistes visualizar a erotização das meninas quando fazes a pergunta:" O que estamos fazendo com nossas meninas".Parabéns!

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