sexta-feira, 29 de julho de 2016

O Sons e a Voz

A partir do texto “Práticas Musicais na Educação Infantil”, vi a importância de ter cuidado em relação ao som na sala de aula, que o mesmo não tome conta do espaço, assim substituindo o dialogo das crianças. Pois ficam desconectadas, isoladas dos sons ambientas, sem referenciais auditivos para se situarem no tempo e no espaço. Esse tipo de situação impede a criança de observar a natureza e entrar em sintonia com ela.
“As crianças também precisam de silêncio para povoa-lo com seus próprios sons”.
No próximo semestre, penso em elaborar as atividades a partir de músicas. Pois as crianças há algum tempo me mostram apreciar muito as diversas atividades ligadas a sons de diversos tipos.
 Percebi que nessas atividades em que a música está presente, o grupo é unânime, além de participarem ativamente, solicitam que as repita mais vezes. Também ficou clara a interação mais atuante de alguns alunos que algumas vezes se isolam. Nesses momentos os vejo, participando sem receio, sorriem, e gesticulam com o restante do grupo. É muito prazeroso ver essas reações a partir do encantamento que a música nos trás.

           Você já se imaginou sem voz?
A Afonia pode ser explicada como a perda parcial ou total da voz devido a um tipo de histeria ou alterações da laringe. A afonia causa a perda propriedade de modular, mas não de reproduzir sons.
Ser professor (a) é ser profissional da voz.
Infelizmente é muito comum desenvolver problemas vocais ao trabalhar em salas de aula ruidosas, com turmas grandes desconhecimentos sobre educação vocal.   
            “Minha voz, minha vida” Curta-Metragem

Filme baseado na pesquisa: Panorama Epidemológico sobre a voz do professor no Brasil.


Devemos ter cuidado com a nossa voz
O uso abusivo/agressão, pode causar lesões/doença.
         Os inimigos:
·         cigarro, álcool
·          mau uso
·         irritantes químicos
·         infecção
·          vírus (gripe)
·         ressecamento
   
Vamos cuidar da nossa voz!
Ao cuidarmos da nossa voz, cuidamos da nossa saúde!
Então precisamos:
·         Tomar bastante água,
                  ·         Fazer aquecimento,
                  ·         Não gritar,
                  ·         Usar estratégias para ajudar, como diminuir ruídos.

“A voz é um recurso acessível ao fazer musical
 porque todos a levam consigo”.

Referência:
MAFIOLLETTI, Leda de Albuquerque. Práticas Musicais na Escola Infantil. Porto Alegre, 1998.
Curta metragem: Minha vida, minha voz. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=MUrqzCWkmYI



quinta-feira, 28 de julho de 2016

Recordando...

A partir da leitura dos textos, "O Brinquedo Através da História e A Magnífica História dos Jogos", tivemos a proposta da seguinte atividade: Pensar em minha infância e tentar lembrar algumas brincadeiras e jogos que se fizeram presentes nessa etapa de minha vida.
Adorei essa atividade, pois gosto muito de relembrar minhas vivências de infância, que pra mim foram muito boas. 

Minha Infância foi cheia de brincadeiras, aquelas livres, muito livre mesmo. Brincava na rua onde morava, digo na calçada, no meio da rua, adorava correr, brincar de pega pega, pular corda e amarelinha, jogar cinco marias, subir nas árvores e também pular o muro da escola ao lado com meus irmãos para pegar giz branco que as professoras jogavam pela janela. Oh, tempo bom esse, ir nas praças, brincar na areia, juntar folhas, pedras, fazer comidinhas, pegar objetos e transforma-los no que quiser. Lembro que adorava juntar as caixas de fósforos para fazer moveis para casa de bonecas, tenho saudades de minha infância, de nossas brincadeiras juntamente com outras crianças que fizeram parte de nossas vivências. Também adorava andar de bicicleta, e hoje é o que me ajuda em relação à necessidade que tenho de fazer uma atividade física, adoro além de saudável é muito prazeroso.
Conforme o texto a atividade lúdica facilita, portanto, a função socializadora, que se aperfeiçoa com o passar do tempo.
Como no texto, vi a importância que teve as brincadeiras ativas como as de pega pega, ou as de subir, descer e escalar que participei na infância para minha saúde e socialização com outras crianças.
Gostei muito do que li, como na parte em que diz, “A construção dos brinquedos artesanais deveria ser incluída nos currículos escolares, na disciplina de Educação Artística, fazendo com que as crianças e adolescentes se vejam incentivados a mostrar suas próprias criações.
Atualmente vejo que as crianças que atuo em sala, gostam muito de correr, montar cantinhos lúdicos e participar de rodas cantadas.
Eu além de proporcionar momentos de brincar livre, disponibilizo diversos materiais, nos quais incluí, (lupa, funil, ralador, algumas bijuterias, escovas, vidros de perfumes). Também contém alguns não estruturados, (rolhas, tampinhas de diversos tamanhos e cores, placas de madeiras) seguidamente apresento alguma brincadeira popular, como pular corda e amarelinha. Também levo a seu conhecimento brincadeiras de outras lugares com diferentes culturas.

Referência:
FERREIRA, Moacyr Costa. O Brinquedo Através da História. Edicon. São Paulo, 1990.
CARNEIRO, Maria Angela Barbato. A Magnífica História dos Jogos. Dezembro, 2004.




Poesia ou Poema?


  Ao ouvir falar em poemas e poesia, e sempre pensei que as duas palavras tivessem o mesmo significado. Todas as vezes em que recitei para meus alunos, nomeava como poesia. Procuro sempre alguma que possa fazer relação com o projeto que estamos desenvolvendo em sala.
Mas a partir das aprendizagens, consegui entender que as palavras poesia e poema não são a mesma coisa.


·         O poema é o texto formalizado em versos, estrofes, com certos recursos da linguagem poética: ritmo, métrica, sonoridades, figuras de estilos.     

·         A poesia é um conteúdo poético que podemos encontrar no poema, mas também em narrativas literárias (conto, romance, novela), crônicas e até em obras de arte que não utilizam a palavra como num quadro, numa fotografia, por exemplo.
                                                          
                                               O ELEFANTINHO
                                              Rio de janeiro, 1970
Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?
 — Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!

                            Vinicius de Moraes

        Referência
http://aderivaentreaescuridaoeoentusiasmo.blogspot.com.br/2013/06/motivo-cecilia-meireles.html
·            http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/os-poetas-e-o-fazer-poetico
        http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/o-elefantinho


Conhecendo e aceitando o "diferente"

   A partir das leituras realizadas, o texto de Rosa Maria Hessel Silveira, nos trouxe a comprovação da importância dos livros de Literatura Infantil como mais um suporte a nos auxiliar nas aprendizagens  para discutir as relações do diferente.
   Os livros nos trazem muitas oportunidades e possibilidades que nos ajudam no dia a dia com diversas questões, que hoje em dia estão presentes em nosso cotidiano, mas muitas vezes não são "vistas", nem mostradas e muito menos respeitadas. 
  Podemos mostrar através da Literatura Infantil, que o mundo pode ser mais nobre e digno.  Os livros nos ajudam em diversas questões como: construções de valores, de identidade, conhecer e valorizar as diferentes etnias, respeitar a cultura diversificada que existe na sociedade, gênero, valores, diferenças, preconceito, inclusão, reflexão. E além de tudo isso, vejo que as aprendizagens se constroem de maneira prazerosa, mas temos que analisar antes nossa escolha, é importante escolher livros com temas de acordo com a necessidade da turma, temos que ler a história antes.   


Neste livro o autor Todd Parr, apresenta por meio de frases curtas, assuntos polêmicos relativos às famílias, como adoção, diferenças raciais, culturais e sociais.

Este livro mostra diferentes tipos de contexto familiar, e suas diferenças.

Algumas falas durante o  desenvolvimento da história:
A partir do mesmo, as crianças puderam colocar seu ponto de vista em relação a suas descobertas, como por exemplo, no momento em que descobriram o que são: padastro e madrastra. Teve uma menina que de pronto disse, “Eu tenho”, se referindo ao padastro. Já na cena de adoção, uns falaram, “O pinguim é pai dos pinguinzinhos, mas ele cuida dos patinhos e da mamãe também”.
O retorno em relação à história apresentada mostrou ter sido significativa, muitas foram às narrativas, sendo, informativas, questionadoras, criticas e explicativas.  


REFERÊNCIAS:
SILVEIRA, Rosa Maria Hessel. nas Tramas da Literatura Infantil: olhares sobre personagens "diferente".
http://www.aprenderebrincar.com/2013/09/o-livro-da-familia-todd-parr.html


Refletindo...


"A história de lutas aqui tratada teve início no ano de 2010 e foi marcada pela maior mobilização da história de todo Movimento Surdo Brasileiro. O início dessa história deu-se durante a realização da Conferência Nacional da Educação, CONAE 2010, no período de 28 de março a 1º de abril de 2010. Os resultados dessa Conferência serviram de base para a elaboração do Plano Na­cional da Educação – PNE. Este evento marcou um retrocesso na educação de surdos, a partir do momento em que a proposta dos delegados surdos presentes nesta Conferência não foi atendida".
 Ao ler o artigo que apresenta a trajetória histórica do Movimento surdo em defesa das Escolas Bilíngues para surdos, tive um choque, digo uma surpresa em relação à realidade, por isso escolhi este parágrafo, por me dar conta de quanto fiquei surpresa ao ler sobre as histórias e lutas do Movimento surdo Brasileiro. Eu nunca ouvi falar e nunca tinha lido nada a respeito. 
 Pensei, seria ignorância de minha parte, por que nunca procurei ou me interessei por assuntos ligados aos surdos? Vejo o quanto temos que aprender!
Referência:
CAMPELLO, Ana Regina; REZENDE, Patrícia Luiza Ferreira. Em defesa da escola bilíngue para surdos: a história de lutas do movimento surdo brasileiro.
http://gpsurdezeabordagembilingue.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html

Entendendo o Instrumento de Pesquisa na Educação

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE E NÃO PARTICIPANTE

  A partir da aula sobre a importância da observação como instrumento para a pesquisa na educação. Aprendi a grande diferença entre os dois tipo de observação citados a cima. Na qual podemos caracterizar a observação de acordo com os seguintes tipos, considerando a participação do observador.

Observação não participante: o pesquisador não se envolve com a comunidade ou processo que está pesquisando, tem um papel de espectador do objeto observado.

Observação participante: o pesquisador faz parte da comunidade ou processo que está pesquisando, confunde-se com ele não permitindo assim uma posição de neutralidade. O pesquisador também é elemento de sua própria observação.

Relatos:

·         Participante: Em uma de nossas rodas, na qual apresentei a história, “A Borboleta Azul, de Nicolas Van Pallandt”. Falando com as crianças sobre o enredo da história e o nosso projeto sobre o planeta terra, observei que um menino, mesmo se mostrando atento ao que todos diziam em um momento falou sobre formigas. Algumas crianças imediatamente interviram falando não ter formigas, e sim o urso e as borboletas.
Pensei, mas porque será que ele falou formiga. Então solicitei ao restante das crianças que deixassem o colega falar. E ele disse, “Profe, tem formigas no planeta terra, e elas mordem a gente, soltam um liquido, é xixi”.
A resposta me pegou desprevenida, mas foi muito interessante, pois todas as crianças somente falaram sobre os personagens ligados a história, e ele sobre sua realidade relacionada com nossa fala.
Percebi na fala e na sua expressão, a importância que tem para ele esse assunto sobre as formigas. Sei que é alérgico e já levou ferroadas várias vezes, tanto na escola quanto em casa.

·         Não Participante: Num dos momentos de meu lanche, já na sala especifica, na qual tem uma janela que da vista para o pátio coberto onde também fica o refeitório. Chamou-me a atenção uma agitação no local. Percebi que minha turma já estava fazendo seu lanche, estes acompanhados pela estagiária.
As crianças pareciam estar agitadas. Após vi um dos meninos correndo, e passando uns minutos, em algumas vezes a estagiária ia ao encontro do mesmo, e ele corria pelo refeitório, e ela voltava ao encontro do restante da turma.

Referências:
LÜDKE, M. André, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo (SP): EPU; 1986.
MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva maria. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2006.


LIBRAS, Expectativas!

  Ao saber que libras seria uma das disciplinas do semestre me empolguei, mas também tive receio. Pois conheço somente algumas letras do alfabeto, incluindo as de meu nome.
  Não tenho nenhum contato com pessoas surdas há algum tempo. Mas lembro de duas que fizeram parte de minhas vivências. 
  A primeira foi em minha infância, que lembro como se fosse ontem. Meu pai conversando com um amigo que era seu colega de trabalho. Eu era pequena, mas entendia que ele "não escutava". Eles se comunicavam muito bem, apesar de meu pai ter apenas o segundo ano do Ensino fundamental e nunca ter tido nenhuma aprendizagem em relação à Linguagem de sinais em escolas. 
  Lembro bem de meu pai gostar muito dele, e o levar seguidamente em nossa casa, ele era alegre, comunicativo e atencioso com todos. E apesar de eu não dar muita atenção a ele, pois pela idade que tinha, queria mesmo era brincar, isso ficou marcado em minha memória. 
  A segunda pessoa era uma menina, filha de uma vizinha da antiga cidade em que eu morava, na época era uma criança de uns quatro anos. Não tínhamos muito contato, somente em alguns momentos em que passávamos na frente da casa dela, ou quando ela brincava na rua, o que era raro. Hoje acho que ela deve ter uns vinte cinco anos, pois regula de idade com meu filho. 
  Há alguns meses eu reencontrei a mesma em minha cidade atual. Eu estava subindo a escada rolante da estação quando percebi que uma pessoa se virou e ficou me olhando, eu olhei, e ela sorriu, após alguns minutos eu a reconheci, então retribuí o sorriso e nos abraçamos. 
  Iniciamos uma conversa, que foi rápida, difícil para mim, e também constrangedora, digo pela vergonha de não entender quase nada. Não tive coragem de estender a conversa, acho que foi uma defesa minha, na verdade uma fuga. Fiquei triste esse dia, e comentei com meu filho sobre o ocorrido. Também fiquei pensando em como me fez falta não saber a Linguagem de Sinais.   
 Mas, apesar disso, fiquei feliz por conseguir entender que moramos na mesma cidade, e que ela já tem um filho. 
  Hoje refletindo a partir de meus relatos, sei que é importante se apropriar do conhecimento da Linguagem de Sinais. Mas também vejo que a convivência com pessoas surdas, na qual gostamos ou simplesmente respeitamos, é um grande aprendizado!

 São muitas as expectativas, além do nervosismo. Mas sei que irei ampliar meus conhecimentos, e será muito útil para minha vida pessoal e profissional. Vai me ajudar quando tiver contato com pessoas surdas. Mas pensando bem, não somente com elas, mas com todos que for preciso.


Referência Imagem:
http://gpsurdezeabordagembilingue.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html