sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Um sonho que se realizou!

A partir do desafio de refletir sobre minha prática pedagógica identificando o protagonismo de ser professor, descrevo a seguir um pouco de minha caminhada como docente.
O que me inspirou a ser professora foi minha madrinha que também atuava na área de Educação Infantil.
Primeiramente fiz o que estava ao meu alcance, um curso de recreacionista que surgiu, e no momento pude pagar.
Após algum tempo, fui a uma escola para me inscrever no curso normal, e de lá saí arrasada, tive como resposta que pela idade que tinha não conseguiria vaga.
Logo em seguida consegui um serviço de babá, que hoje tenho certeza, foi para compensar o sonho que pensei estar perdido.
Minha história como docente atuante começou efetivamente no ano de 2005 quando iniciei como voluntária numa creche no bairro em que morava em Porto Alegre.
A estrutura não era adequada, a clientela atendida era de várias idades, ficavam todas numa grande peça e não tinha pátio, mas eu me sentia realizada.
A creche, como era chamada, era mantinha com doações e com a contribuição dos pais, não tinha nenhuma ajuda na época, os dirigentes estavam correndo atrás do convênio com a prefeitura, que aconteceu no mês de agosto do mesmo ano.
A partir desse, a “creche” foi transferida para um prédio escola, que já estava pronto e se tornou uma Escola de Educação Infantil na qual fui convidada para trabalhar como professora titular de uma turma de maternal com 20 crianças de idades entre 2 a 4 anos.
Após dois meses atuando em sala, fui convidada para assumir a coordenação pedagógica, no primeiro momento preocupada, e muito nervosa respondi sobre minha atual qualificação, e que tinha medo de não saber conduzir a escola de acordo com o cargo que estava sendo designada.
Recebi a resposta que desde que era voluntária já fazia um bom trabalho, e que no momento não tinham ninguém qualificado, que a única a ter um curso era eu, e o mais importante para eles, que tinham urgência pelo fato de precisarem de alguém para o cargo, pelo fato de ser uma das exigências conforme o contrato assinado com a Secretária Municipal de Educação.
            No mesmo mês que recebi o convite, tivemos a presença de algumas assessoras da SMED. Durante a conversa foi falado sobre as exigências que teriam que ser cumpridas, dentre elas que um professor formado, podendo ser com o Curso Normal, pois não era exigida licenciatura em pedagogia, seria responsável por assinar e responder por toda a parte pedagógica da escola.
Então uma delas me olhou e disse, você pensa em voltar a estudar, se qualificar? E ao ter minha resposta afirmativa e meu relato anterior em busca de uma vaga para isso, ela me indicou uma escola e as datas para inscrições. Me inscrevi, e com certeza fui contemplada, com a ajuda dela, que descobri depois.
A partir dessa chance, o sonho começou realmente a virar realidade, lembro como se fosse hoje, tive professoras incríveis, a qual devo muito a prática que adquiri ao longo do tempo.
Após a conclusão ingressei em duas faculdades, na primeira parei por motivo conjugal e financeiro, na segunda vez somente por motivo financeiro.
Na escola em que trabalhava confesso que não foi fácil, pois tive que correr atrás de tudo praticamente sozinha, a direção não se envolvia com a parte pedagógica, muitas coisas não decorria corretamente, o real apoio que tive foi das educadoras que realmente levavam a sério a educação e que queriam fazer o que gostavam da melhor maneira. E também das assessoras da SMED que me tratavam com respeito e faziam eu me sentir valorizada. Sempre me acolhiam e se ofereciam me dando suporte e fazendo o que podiam para que eu ampliasse meus conhecimentos a fim de fazer um bom trabalho na escola, e isso me motivava cada vez mais.
Mas, sentia que era também para meu crescimento profissional, me convidavam para formações e cursos que não eram obrigatórios. Solicitavam a sede da escola para realizarem algumas das formações mensais com outras escolas. Disponibilizavam-me diversos materiais, me incentivavam, me escutavam e me elogiavam. Penso que tudo isso por perceberem meu interesse, minha vontade de crescer, de saber mais, de ser uma boa profissional.
Também foi nesse tempo que tive que construir o Projeto Politico Pedagógico da Escola, o Regimento Escolar e o Plano de Formação Continuada, na qual eu, as educadoras, os pais, e minha assessora de região demoramos um ano para concluir os documentos que também eram exigidos, e que percebi com o tempo serem necessários.
No decorrer dessa longa caminhada, nós integrantes da equipe escolar tivemos muitas reuniões pedagógicas, sendo algumas sozinhas, e outras com os pais.
Estudamos, pesquisamos, elaboramos questionários e formações específicas para ampliar nossos conhecimentos em relação à construção da documentação, enfim, trocamos muitas ideias.
E assim os dias foram passando e eu fui ganhando experiência, que somando foram quase 8 anos, o que me deixou cada vez mais apaixonada pela profissão. Construí muitas amizades, laços afetivos que ainda são preservados, ampliei meus conhecimentos, participei de oficinas, palestras, cursos e muitas formações continuada, que me proporcionaram um grande aperfeiçoamento, que não foi o suficiente para me deixar segura no momento em que assumi minha primeira turma de Educação Infantil no Município de Novo Hamburgo em que trabalho atualmente. Nem nos momentos em que participo de formações na escola ou em outros lugares como na Secretária de Educação.
Penso, mesmo estando constantemente me qualificando, sempre sentirei esse “frio na barriga”, pois apesar de saber que sou capaz de fazer o melhor em sala, cada momento é diferente do outro, são muitas as manifestações na qual também contribuo com meus conhecimentos. Mas percebo que sempre surge algo diferente, que nos proporciona ampliar as aprendizagens.
Gosto e acho muito importante esses momentos coletivos em que as trocas acontecem.
Na escola atual, sempre participamos da construção e elaboração dos documentos que são solicitados pela SMED. A direção e coordenação organizam da melhor maneira para que tudo transcorra adequadamente, e para que todos que compõem a equipe escolar também participem.   
As aprendizagens se constroem diariamente através das trocas entre, criança/criança, criança/adulto, adulto/adulto e o meio (os ambientes que utilizamos).
Também elaboro um projeto de acordo com algumas pistas que as crianças me dão em nossos diversos momentos da rotina. E a partir do mesmo e de suas falas, organizo os objetivos específicos para assim proporcionar atividades que lhes sejam prazerosas e significativas. Tento conduzir as crianças da melhor maneira, conforme seu ritmo, para que as mesmas desenvolvam e construam saudavelmente suas capacidades e habilidades.
As avaliações são feitas a partir de relatórios, que faço com a ajuda de alguns roteiros de observação que elaboro e organizo conforme a faixa etária que estou atuando. Faço algumas anotações diariamente, filmo e/ou fotografo. Para que isso aconteça de maneira mais eficiente, atuo ativamente e/ou observo as crianças em seus diversos momentos. E assim conseguir fazer uma avaliação em que eu possa descrever suas vivências significativas na escola, não deixando de escrever também alguns tópicos que são solicitados pela coordenação.

Referência:
BETTI, Irene C. Rangel; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. História de vida: Trajetória de uma professora de Educação física. MOTRIZ - Volume 3, Número 2, dezembro/1997.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Reflexões

        Achei bem importante a primeira proposta de atividade da disciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, que nos faz refletir sobre o contexto atual que estamos vivenciando na sociedade, e pensarmos nas consequências para a educação. 
          Há fatores que atingem diretamente à área da Educação.
A partir dos materiais disponibilizados com a entrevista da Professora Carmen Maria Craidy, do Educador José Pacheco e do vídeo sobre a Educação na Finlândia, nos mostra claramente o quanto nossos dirigentes estão equivocados com a nova medida provisória sobre a reforma do ensino médio.
Medida que nos mostra, que não estão sendo ouvidos e nem respeitados as pessoas mais importante, professores e alunos. Que se falarem, sabemos que terão que serem feitas muitas mudanças, mas serão mudanças significativas para as futuras aprendizagens. Que está praticamente sendo imposta com propostas que nos farão retroceder ao invés de avançar.

“A reforma desincentiva o professor a buscar a qualificação e, ao ser apresentado por MP, ignora todas as discussões anteriores em andamento no Brasil sobre os rumos da educação”.
 “Não dá pra pensar em reforma de ensino de um segmento, tem que ser uma reforma como um todo e, sobretudo, prover os insumos para que os alunos aprendam, laboratórios, bibliotecas, professor com dedicação a uma escola e não tendo que ir a três ou quatro pra complementar o salário, como a maioria dos professores de Ensino Médio fazem atualmente”.

“O ensino não pode ser flexibilizado. A aprendizagem, sim”.

Referência:

Vídeo: Educação na Finlândia

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Visitas em Espaços Potentes...

Após a leitura do texto de Van Erven e Miranda, em que o objetivo através de uma pesquisa buscou compreender as aprendizagens que se processam em museus buscando qualificar em que medida as instituições museais podem funcionar como espaços potentes no sentido de engendrar práticas pedagógicas múltiplas e criadoras na sala de aula, realizei uma visita na Casa de Cultura no Município de Esteio onde resido, e assim poder compartilhar.
          
             Visita a espaço de história/memória
             Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya
Está localizada na rua Padre Felipe, 900 - Centro Esteio
Fone: 3473-0414
Percebi durante a visita que a Casa de Cultura tem muito a oferecer as crianças e adultos.
·         Biblioteca
·         Museu sobre a história de Esteio
·         Oficinas
·         Espaço para apresentações e também para mostra de trabalhos







Referência:
Leitura do texto: VAN ERVEN, Ma Fernanda; MIRANDA, Sonia. Crianças nos templos das Musas: mediadores culturais, processos de significação e aprendizagem em museus. História Hoje, São Paulo, v.3, n.6, p.91-119, 2014. Disponível em: <https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/139> Acesso em 20 set. 2016.

Amar é deixar ser livre!


Refletindo sobre o texto, sei que existem muitas escolas que são gaiolas e muitas que são asas. Na verdade também podemos nos referir assim diretamente a alguns professores em vez de escolas, pois foi assim que aprenderam e para eles é difícil mudar, de alguma forma acham que está certo.
Acredito que em primeiro lugar temos que ter respeito pelos alunos, e segundo que não devemos seguir sempre exatamente o que nos é determinado.
Que a partir de um olhar mais sensível podemos muitas vezes captar como será a melhor forma para que o aluno possa entender e aprender o que está sendo proposto.
Também acredito e organizo as atividades a partir do que as crianças me trazem. Percebo que assim as mesmas se tornam mais prazerosas, e as crianças participam com mais entusiasmo, então me trazem através das falas e atitudes o quanto foram significativas.      

Através das atividades que realizo, mas que antes refleti muitas vezes para depois concluí-las, me vejo como uma professora que realmente “ama o voo” de seus alunos. Que os respeita, que gosta de estar sempre junto, acompanhando e participando de suas conquistas, de seus momentos felizes e tristes, de suas descobertas a partir de suas incríveis brincadeiras e ideias, que muitas vezes me deixam espantada, e que penso, Adriana não subestime as crianças, elas são mesmo incríveis, seja “esperta” e aprenda com elas.
Pois realmente aprendo, participo e me emociono muito.



Memórias...

        "Quais são os nossos comprovantes de memória docente?"

v  Atividade livre de modelagem.
       Minha primeira turma no Município de Novo Hamburgo em 2014. EMEI Beija-Flor, FE 3 anos.
Nesse momento as crianças brincavam, mas esse grupo solicitou a argila. Então resolvi participar também, a colega Luciane viu e pediu para tirar nossa foto. 

v  Encontro de Formação de Professores na Escola Padre Pedro Leonardi.
Eu e as colegas da Escola AMOVIR de Porto Alegre. Atuei nessa escola por quase 9 anos. Foi minha primeira experiência como professora.
A foto foi tirada por uma colega de outra escola.


v  Festa do dia das bruxas – Turma do maternal de 2 a 4 anos na Escola AMOVIR em 31 de outubro de 2006.
Nessa escola era comemorado o dia das bruxas. Então confeccionei com as crianças vassouras de jornal.
Foto da colega de turma Valdessandra.


v  Evento da Secretaria de Educação no Cais do Porto - Turma do jardim de 4 a 5 anos da Escola AMOVIR.
Fomos prestigiar a mostra de trabalhos de diversas escolas.
Pedimos para alguém tirar a foto.


v  Passeio na Feira do livro em Porto Alegre - Turma do jardim de 4 a 5 anos da Escola AMOVIR em 14 de outubro de 2008.
Pedimos para alguém tirar a foto.


v  Passeio ao Planetário em Porto Alegre - Turma do jardim de 4 a 5 anos da Escola AMOVIR em 20 de julho de 2007.
A partir do projeto sobre planetas que estava sendo desenvolvido, propomos um passeio ao Planetário.
Pedimos para alguém tirar a foto.


v  Teatro sobre a cultura negra na Escola União da Tinga - Turma do jardim de 4 a 5 anos da Escola AMOVIR.
Recebemos o convite da Secretaria de Educação de Porto Alegre para assistir o teatro juntamente com outras escolas
Foto da professora Idamara.


v  Visita na Escola Vinícius de Moraes em Porto Alegre - Turma do jardim de 4 a 5 anos da Escola AMOVIR.
Devido à chegada do final de ano letivo, propomos uma visita em algumas escolas de ensino fundamental para que as crianças já pudessem conhecer, e assim enfrentar a transição com mais tranquilidade.
Foto de uma professora da escola visitada. 


Referências:
FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: 31 dez. 2016.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Experienciando


Os estudos de ciências provocam interesse e curiosidade em crianças e adultos. Precisamos das ciências para entender e se apropriar de novos conhecimentos.
Também favorece muito o desenvolvimento da criança em relação à investigação e experimentação, é essencial para construir capacidades, pois ciências é pensar, observar, refletir, elaborar hipóteses, argumentar...
Nas aulas pratica, o envolvimento é prazeroso, e isso as torna mais significativas, pois está interligada com outras disciplinas, são muitas as descobertas que realizamos através das mesmas dia a dia em nosso cotidiano.

Atividade realizada em sala “Enchimento automático de balões”.
A experiência foi realizada em minha turma com crianças de 3 a 4 anos.
Materiais utilizados: Garrafas PET e tampinhas, balões, funil, vinagre e bicarbonato de sódio.
Formamos uma roda no chão, apresentei as crianças os materiais e informei que faríamos uma experiência com o balão. Perguntei como poderíamos encher o mesmo. 
Respostas das crianças
- Encher de água!
- soprar!
- Mas daí vai estourar né?
Perguntei
- Será que vai estourar, quando que estoura o balão?
Respostas das crianças
- A gente enche muito!
- Pega um garfo e um palito e finca no balão cheio!
- Se pisar no balão cheio vai estourar.
- Se pular de bumbum também.
Respostas sobre o bicarbonato
- É farinha!
- É sal!
- É açúcar!
- É neve!
Desenvolvimento da atividade
Usamos o funil para colocar a quantidade (uma tampinha de garrafa) de bicarbonato de sódio dentro dos balões. Após também com o recurso do funil e das tampinhas, colocamos as medidas de vinagre dentro das garrafas. Cada uma com uma quantidade diferente da outra.
Após colocamos o balão e sacudimos a mistura. O mesmo que estava mole, foi se erguendo devido a reação causada pelos dois ingredientes.
As crianças mostraram curiosidade e espanto ao ver os balões enchendo “sozinho”.
Outras falas sobre o tamanho que os balões ficaram
- Ficou bem grande por que tem mais tampinhas de vinagre.
- Colocou mais vinagre.
- Um monte de tampinhas.
A menina que no início falou que o balão ia estourar, e um dos meninos, não permaneceram na roda. Quando eu comecei a colocar o balão na no bico da garrafa avisando que o mesmo ia encher sozinho ela disse de novo que ia estourar e mostrou ter medo. Os dois assistiram o restante da atividade de pé, e um pouco afastados da roda.
Explicação
O ácido acético do vinagre reage com o bicarbonato de sódio libertando dióxido de carbono. À medida que se forma mais gás, a pressão dentro da garrafa aumenta e o balão enche.
Quando esses dois compostos entram em contato, ocorre a reação química abaixo com a liberação do gás carbônico,
Esse é um tipo de reação de dupla troca, ou seja, quando duas substâncias compostas reagem entre si, trocando seus componentes e dando origem a duas novas substâncias compostas.
À medida que se forma mais gás carbônico, a pressão dentro da garrafa aumenta e o balão enche. Se desejar que o balão fique ainda mais inflado, basta ir aumentando progressivamente a quantidade de reagentes. 





Aprendizagens
Vimos o que dois componentes específicos que se misturam podem fazer. A reação química foi incrível aos nossos olhos.
Descobriram que não se enche um balão somente soprando ou colocando água como falaram. Viram através da experiência uma nova forma para fazer.   
Percebi o quanto é importante e prazeroso realizar atividade de experiências com as crianças. Foi a primeira vez que fiz uma em sala de aula.

Referências:
CARRAHER, David Willian. Educação tradicional e educação moderna. In: CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender pensando. 4ed. Petrópolis: Vozes, 1989. P. 21-3.







Por um Futuro Melhor!

Quando vejo as notícias sobre o que está acontecendo com o nosso planeta me sinto apavorada, penso que importância tem a natureza. Poxa, se fala tanto sobre conscientização, vida sustentável, mas o que estamos fazendo para ajudar, melhorar!
Acredito sim, que tudo possa melhorar, se todos se unirem e refletirem em prol dessa conscientização que não acho ser tão difícil, podendo começar em casa, tendo cuidados com o desperdício de água e luz, com o lixo, separando o mesmo para que seja reciclado, pois além de diminuir o impacto na natureza também gera empregos a muitas pessoas.

Essa conscientização deve ser sempre debatida, desde cedo, em casa, nas escolas, nas empresas, enfim, fazer parte de nosso cotidiano em todas as etapas da nossa vida. Assim estaremos também pensando e colaborando para um futuro melhor para todos. Mas, atualmente vejo que apesar de muitas pessoas fazerem sua parte, também fica claro a partir de noticiários e nossas vivências, que muitas não colaboram.
Os municípios devem ser mais presentes nessas causas, pois alguns dizem ter coleta seletiva, mas a mesma só funciona em alguns dias do mês. As escolas que falam e fazem projetos sobre meio ambiente, mas esbanjam em materiais que não são necessários e demoram anos para se decompor. Os supermercados e outros estabelecimentos que ainda resistem ao descarte de sacolas plásticas, no homem que pensa em primeiro lugar no dinheiro e não no futuro da humanidade...
As ciências têm sido tão avançadas em relação a tantas coisas, com certeza poderá ajudar nessa questão tão importante para o ecossistema.  

Baniwa afirma: "O indivíduo deve buscar compreender e conhecer ao máximo o funcionamento da natureza, não para dominá-la e controlá-la, mas para seguir e respeitar sua lógica, seus limites e potencialidades em benefício de sua própria vida enquanto ser preferencial e privilegiado na criação" (p. 171).

Os autores afirmam: "Aliar a perspectiva do desenvolvimento econômico com a possibilidade de preservação dos recursos naturais tem sido pauta permanente nos debates sobre questões ambientais" (p.75).

Referência:
BANIWA, Gersem. A Ciência e os Conhecimentos Tradicionais. p. 169 a 171 do Livro - O índio brasileiro: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje.
WEDIGGEN, Laiz; SILVA, Paulo Sérgio da. Educação e respeito ao meio ambiente: a perspectiva emancipatória da Educação na comunidade remanescente de quilombos de Casca. P. 75 e 76 do livro PROEJA Quilombola.


Construindo Conceitos


Apesar de “não” trabalharmos os números na Educação Infantil, e sim os conceitos matemáticos que naturalmente fazem parte do dia a dia. Sabemos que diariamente os números estão e estará sempre presente em nosso cotidiano, bem como as abordagens que acontecem com a finalidade de proporcionar oportunidades para as crianças desenvolverem capacidades de noções matemáticas como contagem oral, noções de quantidades, classificações, seriações e noções espaciais.
 Percebo que costumo desenvolver esse conteúdo em todos os momentos da nossa rotina, nas conversas informais, nas atividades rotineiras, como na hora das refeições, das atividades livres e dirigidas, nos momentos de higiene, e das brincadeiras. Em que as crianças ajudam na contagem dos colegas, falam quem veio e quem faltou, quantas mochilas têm e quantos ganchos estão vazios. Nos momentos em que precisamos distribuir materiais ou utensílios, quando descobrem as possibilidades associativas ao encaixarem e empilharem jogos e brinquedos.
O texto pode influir em minha sala de aula a partir do momento em que eu respeite as crianças em relação aos seus conhecimentos prévios. Quando proporciono que elas tenham a liberdade e/ou autonomia de criar e discutir suas técnicas entre si, realizando trocas, ouvindo um ao outro. Oferecendo situações que sejam desafiadoras, em que elas possam ser estimuladas a realizar descobertas, desenvolver sua criatividade, e identificar relações que aprendam a gostar de aprender a matemática.

Referência:
SMOLE, Katia Stocco; MUNIZ, Cristiano Alberto. A matemática em sala de aula: reflexões e propostas para os anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2013.



Multiplicando e Dividindo/Operações no Cotidiano




Sempre tive e ainda tenho muitas duvidas de como trabalhar com multiplicação e divisão com as crianças, principalmente por serem crianças de Educação Infantil, turma de faixa etária de três anos.
Pensei e repensei sobre atividades que contemplasse esses conceitos em sala de aula, e cheguei à conclusão de que em nossa rotina, são sim trabalhados diariamente esses conceitos em diversos momentos, como quando estão brincando com os jogos de encaixe, jogos de regras, quando fazem a distribuição de materiais durante as atividades e brincadeiras, quando ajudam nas horas do descanso e alimentação.
A partir da leitura do texto, também fica claro que o ambiente pode proporcionar muitas possibilidades para a construção das aprendizagens, e nos mostra a importância das aulas práticas e diversificadas.
Ao refletir, vejo que eu quanto professora tenho que desafiar nesses momentos, ser mediadora, propor diversas maneiras para que as crianças possam explorar ao máximo as possibilidades que nosso cotidiano oferece.
Sendo assim, será uma grande mudança que ajudará em minha prática.

Referência:




Tem Certeza?

Já postei aqui no blog sobre a primeira aula de ciências, todos já sabem que achei maravilhosa. Hoje vou responder mais uma questão, se a aula me provocou curiosidade e espanto?
            Praticamente tudo me provocou curiosidade e espanto. Pensei que aula, adorei! Será que serão sempre assim? Que forma prazerosa de ampliar meus conhecimentos.
Mesmo sabendo, me espantei quando o professor disse que a criança não vai absorver tudo numa única aula, que devemos criar uma situação, daí as crianças cada uma há seu tempo vai despertar a curiosidade, o interesse, criar hipóteses, e assim construir as aprendizagens.  
Percebi durante suas falas, que muitas vezes exagero na quantidade de informações.
Adorei quando deu o exemplo a partir de uma garrafa.
“Se as crianças sabem que o nome do material é PET, já está bom, com o tempo vão se dar conta de alguns detalhes, vão evoluir e aprender”.
Se referindo assim, que a criança não precisa saber o que significa a sigla.
Também nos apresentou o filme, Acesso a Ciência – Marinheiros. Na qual recomendo assistirem.






“As certezas provisórias vão melhorando ao longo do tempo as certezas”.
                       



Refletindo sobre formações de professores

Sabemos a grande importância que tem as formações de professores para nós que atuamos na área e também para os nossos alunos. Tivemos a proposta de escrever um texto a partir da citação que consta no meio do texto sobre esse tema.
Após algumas leituras, práticas e reflexões, foi elaborado a construção que segue.  

Para realizar um trabalho efetivo e adequado nas escolas, inicialmente é preciso investir na formação de professores. E um dos caminhos a serem seguidos é tentar se colocar no lugar do aluno que teremos, tendo um olhar sensível, pensando que um dia também fomos o aluno, nas dificuldades que passamos devido ao modelo de formação que recebemos.
“A situação de formação profissional do professor é inversamente simétrica à situação de seu exercício profissional. Quando se prepara para ser professor, ele vive o papel de aluno. O mesmo papel, com as devidas diferenças etárias, que seu aluno viverá tendo-o como professor. Por essa razão, tão simples e óbvia, quanto difícil de levar às últimas consequências, a formação do professor precisa tomar como ponto de referência, a partir do qual orientará a organização institucional e pedagógica dos cursos, a simetria invertida entre a situação de preparação profissional e o exercício futuro da profissão. (p. 102)”.
Vejo como necessidade oferecerem atividades que nos façam refletir e repensar sobre questões como concepção de Infância, a importância do brincar, modelos de avaliação, organização do espaço físico entre outros. 
Estimularem e organizarem as formações por meio do uso de tecnologias, passeios que nos mostrem as diferentes possibilidades de aprendizagens e interações com outras instituições. Assim nos garantindo diferentes espaços e momentos agradáveis, para que seja despertado interesses, desejos e curiosidades que serão posteriormente refletidos nas salas de atividades.
Que o professor seja valorizado individual e/ou coletivamente durante o momento de seus questionamentos e de suas respostas, considerando assim suas opiniões.
E tudo isso influenciará em todos que compõem o grupo escolar, abrangendo pais e comunidade.

Acrescento abaixo o trecho de um texto de formação de professores que foi usado durante as leituras.

“Uma das dificuldades encontradas na formação dos educadores é a dissociação que se faz entre a teoria e a prática, ou seja, a separação entre o que se vê nos conteúdos do que se trabalha nas Universidades e o que se trabalha em sala de aula. Muitos estudiosos vêm pregando a instrumentalização dos professores como forma de realizar mudanças através de uma política de reconstrução da fundamentação da prática pedagógica. Já que eles assumem esse papel de avaliadores dos seus alunos, devem ter condições para tanto.
Um ponto que merece ser destacado em relação a profissão docente é a desvalorização dos professores que vêm enfrentando problemas que vai desde um salário digno a falta de preparação para professores e o próprio exercício deles”.

Referência:
Texto de Guiomar Namo de Mello, intitulado Formação inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical. Publicado na revista São Paulo em perspectiva, 14(1) ano 2000, p. 98-110.