quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Ouvir sem julgar

Refletindo sobre o impacto das redes sociais na vida das pessoas atualmente, pensava ser impossível alguém não se conectar diariamente.
Apesar de saber que muitas pessoas não tem acesso à internet por muitos motivos, confesso que fiquei admirada por receber a seguinte resposta, “Eu não tenho whatssapp, e nem facebook”.
Na verdade fiquei é sem palavras, e ainda em “choque” pensei como assim não tem? Também me senti com vergonha por alguns segundos, mas em seguida para me salvar daquele momento ela disse sorrindo, te dou o meu número!
Pensando bem, percebo que a minha reação foi normal em relação a nossa atualidade virtual, e fico um pouco triste, pois isso não é bom, eu não aceitei no primeiro momento que uma pessoa não pudesse ter redes sociais, e mesmo sendo involuntariamente não respeitei sua opção de vida reagindo daquela forma, como se ela estivesse errada.
Mas uma lição eu tive, isso me levou novamente a refletir sobre os pré-julgamentos que fazemos com os outros. 
Referência:
Vídeo com Leandro Karnal - O impacto das redes sócias na vida das pessoas. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=crlhoz7IVeY> acesso em 23 de setembro 2017.






segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Para um mundo melhor

Ao falar sobre Ética respondi, são os valores e princípios que acredito, são as relações que desenvolvemos com os outros, é uma produção da cultura. Então sendo assim a ética se constrói em todos os lugares a partir das convivências.
Hoje quero falar do ambiente em que trabalho, das minhas relações, mais especificamente com meus alunos.
Somos para as crianças uma referência, elas nos mostram diariamente o quando nos admiram e nos amam, mas sabemos que quem gosta também se magoa, principalmente a criança quando não retribuímos o que querem, e isso não é fácil, mas sei que é necessário.
Retribuir não é somente ser a professora “boazinha”, que deixa as crianças fazerem o que querem, sem limites, que faz que não vê algumas situações para não ficar mau vista, isso para mim é abandonar seus alunos.
Quando gostamos de alguém queremos sempre o seu bem, e mostrar para essa pessoa o quanto gostamos dela.
Por passar tanto tempo ao lado de nossos alunos, criamos vínculos afetivos, não tem como evitar, e nem quero, acho que é um fatores essenciais para ajudar na construção das aprendizagens. Então, acredito que como educadora temos o poder de contribuir para a construção de uma futura sociedade mais ética.
Diariamente tento refletir sobre minhas práticas, e uma das coisas que me inquieta são as relações, professor/crianças, crianças/crianças. Muitas vezes não é fácil resolver os conflitos que surgem, mas tento da melhor forma e com respeito ajudar a todos. Tento me colocar no lugar delas, e incentivo que também possam tentar fazer o mesmo.
Lembro-me de uma situação que aconteceu há poucos dias, na qual uma menina maltratou uma colega. Quando conversamos deixei bem claro que a atitude dela não foi legal, mas que todos temos direito de errar. Também falei que fiquei triste, que não concordava com aquelas atitudes, e que não adiantava ela ser legal comigo e não ser com os outros, e que, mesmo eu gostando muito dela não poderia concordar com o errado.
Penso assim, que não devemos deixar as coisas acontecerem de qualquer jeito pelo fato de gostar de alguém, devemos é mostrar a ela o caminho do bem, o certo, pois só assim teremos um mundo melhor.
Referência:
HERMANN, Nadja. Ética: A Aprendizagem da Arte de Viver – Educ. Soc., Campinas, vol. 29, n. 102, p. 15-32, jan./abr. 2008. Disponível em < http://www.cedes.unicamp.br > Acesso em: 24 de setembro 2017.
TIBURI, Márcia. Filosofia e ética. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?time_continue=4&v=9jsRUafEV9A> acesso em: 24 de setembro 2017.


sábado, 23 de setembro de 2017

A retrospectiva e a realidade

A partir dos estudos sobre a retrospectiva de pessoas com deficiência, não tem como não fazer relações com a minha vida pessoal e também as práticas em sala de aula. Como é triste ler ou ouvir relatos de falta de apoio, maus tratos, discriminações, enfim, descasos com as pessoas que não precisam de caridade, e sim de seus direitos.
Percebo claramente o avanço que está acontecendo, mas ainda há muito que fazer. E uma das mudanças é a qualificação dos professores que precisam dessa ajuda, e também do apoio para conseguir dar um atendimento de qualidade para as pessoas, mais precisamente para nossos alunos, na qual recebemos de braços abertos, mas com muitos “medos”, pois não temos a devida preparação, apesar de a nossa maneira, tentar e correr atrás.
Atualmente tenho um menino autista, a mãe dele também é professora, mas de ensino fundamental numa escola da mesma rede em que trabalho.
Esse ano ganhei esse “desfio”. Ele já tem laudo, porem ainda há muitas coisas para se buscar, aprender, então converso diariamente com a mãe, mas a mesma também não tem muita informação sobre o TEA – Transtorno de Espectro Autista. O que sabe foi descoberto através da internet, e a partir das profissionais que atendem o menino.
Também procuro algumas vezes tirar dúvidas com a coordenadora, e/ou com as profissionais do mesmo, em reuniões que são marcadas especificamente para conversamos sobre nossas vivências. O que acho de extrema importância para todos os envolvidos, incluindo a estagiária de apoio que tenho, na qual conversamos muito, trocamos informações, refletimos e realizamos as ações que achamos coerentes e necessárias para que o menino tenha um desenvolvimento saudável.   
Referências:
 História Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência. Disponível em <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2145089/mod_resource/content/3/1.%20Hist%C3%B3ria%20Geral%20do%20Atendimento%20%C3%A0%20Pessoa%20com%20Defici%C3%AAncia.pdf> acesso em 23 de setembro 2017.
RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.

Vídeo - História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil. Disponível em< https://www.youtube.com/watch?time_continue=3431&v=oxscYK9Xr4M> acesso em: 20 de setembro 2017.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Pensamento Crítico

A partir dos estudos sobre pensamento crítico, e as diferenças entre argumento e explicação, lembrei-me de uma das situações que já vivenciei na escola.
Atualmente tenho duas turmas de jardim, a situação que irei descrever aconteceu com a mãe de um aluno autista da turma da tarde, que também é professora da rede municipal de Novo Hamburgo.
No momento da chegada ela me fez alguns questionamentos bem pontuais, mostrou preocupação em relação ao relacionamento de seu filho com algumas crianças específicas, e também sobre como estávamos atendendo as vontades e necessidades dele durante a rotina.  
Mesmo estando na porta acolhendo as crianças que chegavam, acho fundamental dar atenção quando os responsáveis solicitam tirar dúvidas, e dependendo do assunto, e de sua importância, marco um horário específico juntamente com a coordenação. Mas nesse dia foi bem tranquilo, respondi uma a uma as perguntas que ela foi fazendo.
Após o breve momento, a mãe me agradeceu e saiu demonstrando estar satisfeita com a nossa conversa, e a estagiária que esteve o tempo todo acompanhando com um olhar atento falou, “Adri, ainda bem que você tem bastante argumentos, respondeu super bem sobre as dúvidas dela”, “Se eu estivesse sozinha não ia saber como responder”.
Respondi para ela o que sempre falo para qualquer pessoa. Que sempre quando precisamos falar e/ou defender o que acreditamos, devemos ser verdadeiros, colocar sempre a verdade, para evitar nunca perder a confiança do outro. Temos que estar munidos de informações que nos ajudem a mostrar e sustentar que estamos certos, caso contrário tudo o que falarmos será em vão.
Citei essa situação da escola, pois acho muito importante dominar, conhecer “tudo” que diz respeito às crianças que atendemos. E de ter com os responsáveis essa relação aberta, de confiança mútua, para que através do dialogo possamos estar sempre a par do que a criança vivencia, e assim poder entendê-la melhor durante algumas situações que surgem.   

Referência:


sábado, 9 de setembro de 2017

Falas que nos remetem a nossas práticas

Essa semana tive o prazer de ler o texto dos Professores Fernando Becker e Tania Beatriz Iwaszko Marques, que fala sobre as diferentes dimensões do aprender.
Confesso que me encontrei muito em suas falas quando penso e reflito em relação as minhas práticas em sala de aula.
Mesmo sabendo que "perdemos" muitas coisas, tento sempre estar atenta ao que as crianças trazem diariamente durante toda a nossa rotina. Pois são nesses momentos riquíssimos que as crianças nos mostram seus interesses e suas inquietações, que falam de suas alegrias e angustias, enfim, nos deixam muitas vezes a par também de suas vivências fora da escola, o que nos ajuda a entendê-las melhor e organizar nossas futuras ações.
Gostei de poder reafirmar através da leitura, que as aprendizagens dependem do processo de desenvolvimento, patamar por patamar, e que esse, dependendo das intervenções do professor pode ocorrer de maneira prazerosa, o que se torna mais significativo, e possibilita cada vez mais novas aprendizagens. 
Apreciei também saber, que há ações de primeiro e de segundo graus, o que nunca tinha pensado, digo não a partir de esse olhar, como nos mostra o exemplo de um bebê que mama.
“A busca do êxito (primeiro grau) foi substituída pela busca da compreensão (segundo grau)”.
         E para finalizar, acredito e vivencio diariamente o quanto as crianças me trazem e mostram a todo o momento seus diversos saberes, cada uma a seu modo.
“Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada” (Folha de São Paulo, 31.03.97).
           Penso que cabe ao professor respeitar e possibilitar que as crianças possam através de sua autonomia e singularidade nos presentear com seus conhecimentos.  

Referência:

BECKER, Fernando; MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Aprendizagem humana: Processo de construção.  Revista Pedagógica. Ano IV, Nº. 15, p.58-61, nov. 2000/jan. 2001.