terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O Início

Para dar início as atividades de Seminário Integrador, foi necessário descrever uma situação de diversidade e preconceito.
Minha História
No Primeiro momento pensei o que escrever em relação ao tema, mas daí lembrei-me de uma situação que me deixou muito triste. Foi na primeira vez que tive oportunidade de me inscrever no Curso Normal numa escola do bairro em que morava em Porto Alegre. Digo primeira oportunidade, pelo fato de antes não ter tempo disponível para fazer devido ao trabalho em que atuava na época, e de ter filho pequeno e não ter com quem deixá-lo.
Ao ser informada que tinha sido aberta as inscrições para o Curso Normal no bairro em que morava, fiquei muito animada, pelo fato de ser perto de onde morava, e poder vir a realizar um sonho antigo. Fui a escola para realizar a inscrição, nesse momento muitas coisas passaram em minha cabeça, eu era só alegria. Mas quando fui atendida tive como resposta que pela minha idade não conseguiria a vaga. Lembro que fiquei arrasada, sai de lá calada, sem fazer qualquer pergunta, achei aquela situação normal, e que não adiantaria argumentar. Hoje percebo que perdi tempo por não ter o mesmo olhar que tenho atualmente, acredito que fui discriminada por ter mais idade em relação às outras candidatas.  
Na sequência foi elaborado o quadro de certezas e dúvidas sobre a situação descrita.
·         Certezas
Não existe limite de idade para estudar
Existe discriminação
Dói ser discriminada

·         Dúvidas
Por que as pessoas discriminam umas as outras, será devido à cultura e/ou falta de educação, informação?
Será que as pessoas atualmente acham normal serem discriminadas pela idade quando decidem estudar após terem mais idade?
Por que hoje temos um novo olhar em relação às questões sobre diversidade e preconceito?
E após realizei uma enquete em que 24 pessoas responderam, e todas afirmaram que NÃO existe idade certa para quem decide estudar. 

Até aí tudo tranquilo, mas no momento de ter material para embasar meu trabalho achei bem difícil, fiquei bem perdida, pesquisei várias vezes e somente encontrei material que falavam sobre preconceito e discriminação etária em relação a trabalho, e não sobre educação.
Acredito que tenha sim material que fale sobre esse assunto, mas no momento não encontrei, e tenho pouco tempo para realizar uma pesquisa mais profunda sobre esse tema, que além de ser importante, também me fez sofrer.
Então decidi mudar, falarei somente sobre diversidade e preconceito, que é tão importante quanto o que sitei acima, e assim poder dar seguimento ao trabalho.




segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Censo Escolar

Na escola em que trabalho que é uma EMEI em Novo Hamburgo, o censo escolar é realizado pela secretária, mas se a mesma não der conta a diretora que assume a responsabilidade, inclusive leva o material para casa afim de cumprir os prazos.
Mas quando eu trabalhava em Porto Alegre numa escola conveniada com a prefeitura, eram as coordenadoras que realizavam e eram totalmente responsáveis por toda documentação.
Percebo que era bem diferente da realidade que vivencio hoje. Na escola conveniada era preciso ir até a Secretaria de Educação para realizar esse trabalho, pois não tinham internet, alegavam que não tinham dinheiro para ter esse “Luxo”.
Mas, com o tempo ficou claro que não davam a total importância para a realização do censo, que requer tempo para ser realizado.
Lembro que na época a responsável dizia, coloca qualquer coisa, é bem rápido, eu já fiz isso.
Na escola em que atuo, as professoras tem em sala a ficha de entrevista de cada criança, mas a mesma não contém os dados que é preciso para realizar o censo. Então foi necessário falar com a diretora para poder fazer a pesquisa. Solicitar para usar as fichas de inscrições e matrícula das crianças.
Durante o processo percebi que o que já sabia mais uma vez se afirmou. Que a maioria das crianças são declaradas de cor branca, apenas duas estava marcado as opções de cor ou raça não declarada, e nenhuma declarada preta ou parda. O que me deixou “chocada”, usei essa palavra naquele momento quando fui falar com a diretora sobre como se dá o preenchimento desse item.
De acordo com dados do Unicef, a média nacional de 38,6% fora da escola esconde iniquidades: entre as crianças brancas, o dado é mais favorável (36,1%); entre as crianças negras, porém, 41% não frequentam a pré-escola. Essa disparidade demonstra a desigualdade entre brancos e negros desde o início da escolaridade.
A diretora me respondeu que sempre perguntam as famílias. Algumas respondem de pronto, outras permanecem um momento calada, pensando, ou pedem ajuda na resposta. E também que nas certidões de nascimentos não constam mais a cor das pessoas como eram as de antigamente. Então, fica registrado na maioria a opção que as famílias falam.
Nesse momento concordei com ela, pois lembrava que nas certidões de antigamente já era escrito à nossa cor, pois a minha era assim.
Também falei que até achava melhor no ter mais por escrito esse item, pois na minha certidão estava que sou de cor branca, e na verdade sou preta. Minha mãe disse que foi feita logo após meu nascimento, então a pessoa do cartório ao me ver não aceitou colocar de cor preta.
 E isso aconteceu comigo e com muitas outras pessoas, incluindo alguns de meus irmãos pelo fato de nascermos mesmo de cor branca, o que acontece com a maioria dos bebês que tem a mistura preta e branca na família. Mas após alguns meses, cada um vai adquirindo sua cor. É claro que sabemos que algumas crianças permanecem com a cor branca também. Por esse motivo, acho melhor não constar nas certidões a cor ou raça. 
Em relação ao que citei sobre as pessoas que fazem essa parte nos cartórios, escolas ou outros lugares, conforme o texto, A cor ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep concordo que este é um campo que ainda requer aprimoramento em seus procedimentos de coleta. E que também é importante padronizar a redação da pergunta sobre o pertencimento racial do respondente.
Ao contrário do que li no texto citado a cima, na escola, mais precisamente em minhas turmas, ainda permanece a maioria das crianças sendo marcada a opção de cor branca. Mesmo que se fizesse uma nova pesquisa, ficaria assim, a porcentagem maior seriam os que se declaram brancos.
 Afirmo isso devido ao fato de um dia levar uma boneca preta para compor os brinquedos da sala, e de apresentar para as crianças uma artista preta (cantora).
Em nossas conversas a partir de uma frase da música, “Menina pretinha, você não é bonitinha você é uma rainha”, surgiu uma “descoberta”. “Eu sou igual a MC Soffia!” disse uma menina. A partir desta algumas crianças começam a se descobrir em relação à cor. Então percebemos que naquele ano, em nossa turma só tinha duas meninas negras e nenhum menino. 
Eu fui mais além, e fiz uma pesquisa nas outras turmas da escola, e ficou claro que realmente tinha um número bem menor de crianças de cor negra, que também se repetiu no ano de 2017, por isso afirmei sobre a cor branca ter um maior percentual.
“Longe estamos de garantir cobertura de atendimento em Educação Infantil para a grande maioria da população brasileira. De acordo com dados do Unicef, a população indígena e negra são os segmentos mais excluídos do acesso à educação na faixa etária dos zero aos seis anos”.
Referência:
SENKEVICS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de Sant’Anna ; OLIVEIRA, Adolfo Samuel de. A cor ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep. – Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2016. 48 p.: il. – (Série Documental. Textos para Discussão, ISSN 1414-0640; 41). Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2207318/mod_resource/content/1/A%20Cor%20ou%20Ra%C3%A7a%20nas%20Estat%C3%ADsticas%20Educacionais%20-%20uma%20an%C3%A1lise%20dos%20instrumentos%20de%20pesquisa%20do%20Inep.pdf> acesso em: 15 de novembro 2017.
Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília: SECAD, 2006. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2110273/mod_resource/content/2/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20e%20A%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20das%20Rela%C3%A7%C3%B5es%20%C3%89tnico-Raciais.pdf> acesso em: 12 de janeiro 2018.













Falando de Valores

A partir da leitura de Alberto Noé, ficou muito claro que o processo educacional emerge através da família, igreja, escola e comunidade.
 Acredito que nós educadores e a família temos um papel muito importante em relação à moralidade. Somos modelos/referência para as crianças, devemos oferecer através das ações e as palavras, os valores e seus deveres, de maneira lúdica, mas, clara e afetiva.
A criança só pode conhecer o dever através de seus pais e mestres. É preciso que estes sejam para ela a encarnação e a personificação do dever. Isto é, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. A autoridade não é violenta, ela consiste em certa ascendência moral. Liberdade e autoridade não são termos excludentes, eles se implicam. A liberdade é filha da autoridade bem compreendida. Pois, ser livre não consiste em fazer aquilo que se tem vontade, e sim em se ser dono de si próprio, em saber agir segundo a razão e cumprir com o dever. E justamente a autoridade de mestre deve ser empregada em dotar a criança desse domínio sobre si mesma. (DURKHEIM, 1973:47).
Valores que são construídos através das trocas no meio familiar, escolar e até social, diariamente durante nosso cotidiano.
São atitudes que decorrem ao acaso naturalmente, sem imposições, num universo coletivo em que juntos vivenciamos situações que favorecem diversas experiências em que estão presente, a colaboração, a afetividade e os conflitos.  
Referência:
NOÉ, Alberto. A Relação Educação e Sociedade: Os Fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo.  Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2133518/mod_resource/content/1/A%20RELA%C3%87%C3%83O%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20E%20SOCIEDADE.pdf> acesso em: 14 de outubro 2017. 



Dislexia

Ajuriaguerra (1984) define dislexia como um distúrbio psicopedagógico, caracterizado por dificuldades com a linguagem ou a orientação espacial. Tais fatores podem implicar em que os alunos se sintam em uma situação de inferioridade, o que também em razão de fatores emocionais geraria uma circunstância desfavorável para o progresso na vida escolar.
Já tinha escutado falarem sobre dislexia, mas nunca me aprofundei em relação a este distúrbio.
A partir da Interdisciplina de Seminário Integrador, assisti ao filme “Como Estrelas na Terra, Toda Criança é Especial”. O filme é lindo, muito emocionante, mostra a história de um menino de 9 anos que sofre de dislexia. Algumas cenas são alegres, outras são tristes, mas todas importantes, que nos faz pensar e refletir sobre as nossas práticas, dentro e fora de sala de aula, e também sobre a nossas convivências com todas as pessoas que fazem parte de nosso cotidiano, pois devemos falar sobre as pessoas com deficiências.
Ao longo das cenas fui percebendo como um ex aluno meu se mostrou muito parecido com as ações e atitudes do personagem principal do filme.
Confesso que fiquei bem inquieta, muitas coisas passaram em meu pensamento em questões de segundos, cenas de nosso cotidiano juntos, diversas, que vivenciamos ao longo de dois anos.
Mandei mensagem para minhas colegas de escola, hipóteses foram levantadas, a partir de um pequeno relato que fiz.
Ficam muitas dúvidas, pois tenho que me apropriar mais sobre esse tema. Mas, me sinto tranquila em relação as nossas vivências, pois sempre tive um olhar atento e sensível em relação ao que ele me trazia diariamente. Inclusive solicitei ajuda da direção/coordenação, colegas e família do mesmo.
Referências:
ALVES, Cleto de Assis. Dislexia e Necessidades Educativas Especiais (NEE) Definindo Conceitos. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2238534/mod_resource/content/1/DISLEXIA%20E%20NECESSIDADES%20EDUCATIVAS%20ESPECIAIS.pdf> acesso em: 17 de janeiro 2018.










sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Método Clínico Crítico Piagetiano

Conforme escrevi no fórum, quando conheci o Método Clinico pensei que fosse fácil, pois em sala algumas de minhas práticas são parecidas com esse método.
Método Clínico-Crítico utilizado por Jean Piaget em suas pesquisas tem como característica principal a intervenção sistemática do experimentador diante da conduta do sujeito, seja na relação verbal e ou na manipulação de objetos com explicação, por meio de respostas às explicações ao conteúdo em questão, dadas pelo sujeito. Deval (2002).
Comparei o método com as intervenções que faço em sala, quase sempre nos momentos de roda. Em que utilizo as plaquinhas da chamadinha, ou após alguma história em que possa explorar o material afim de desenvolver as aprendizagens de maneira lúdica.
Mas descobri, a partir das leituras e dos vídeos disponibilizados que o atendimento tem que ser individual, que é necessário deixar a criança falar, e é preciso ser cauteloso ao realizar as perguntas para que não haja qualquer interferência do pesquisador (a professora).
Os passos da atuação do pesquisador que utiliza o método clínico devem ser o atendimento ao sujeito de maneira individual, a colocação de uma situação-problema posta ao sujeito, o qual deve explicar ou resolver, o estabelecimento de uma relação interativa entre experimentador e sujeito investigado, em que o experimentador observe o comportamento do sujeito. Segundo Deval (2002).
Ficou claro que o aspecto fundamental do método é a interação entre pesquisador e pesquisado, e que a essência do método é a investigação do pensamento da criança. 
Para a aplicação do mesmo, será faz necessário aprofundar mais meus conhecimentos. Pois o que parece simples, com certeza não é.
Como nos diz no texto é preciso um rigor na sistematização dos dados e principalmente produzir algo para além do diagnóstico do pensamento infantil que o método possa a vir a contribuir para a construção de noções e representações importantes para a evolução do conhecimento dos aprendizes . 
PEREIRA, Denise Rocha. REFLEXÕES SOBRE O MÉTODO CLÍNICO CRÍTICO-PIAGETIANO: TEORIA E PRÁTICA. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2211109/mod_resource/content/7/M%C3%A9todo%20cl%C3%ADnico-cr%C3%ADtico%20Piagetiano.%20Pesquisas.%20Epistemologia%20gen%C3%A9tica.pdf> acesso em: 16 de janeiro 2018.

Mike Kowalski

Hoje quero apenas compartilhar um momento, uma de minhas vivências em sala que lembrei quando estava vendo o filme, O Líder da Classe – Síndrome de Tourette, no momento em que ele respondeu a seguinte pergunta: Qual a coisa mais importante que você tem para ensinar? E ele respondeu que além da matemática, da geografia, do português, “Tudo bem ser você mesmo, tudo bem colorir do lado de fora das linhas se você é assim”.
Solicitei as crianças para fazer um desenho para a capa do Portfólio, cada um a sua maneira, que fizesse o que gostaria. Foi quando um dos meninos perguntou, “Profe. posso fazer o Mike?”, e eu respondi - claro, o desenho que vocês quiserem!
Então enquanto ele e alguns colegas ficaram desenhando, eu fiquei dando atenção ao restante da turma de acordo com as necessidades que surgiam.
Foi então que ele disse, “Profe. acabei!”, e me entregou a folha. Nesse momento devo ter feito uma expressão engraçada, com certeza diferente de surpresa, pois ele deu um sorriso lindo de satisfação.
Após eu perguntei, quem é esse? “É o Mike Kowalski”, e eu perguntei do desenho dos Monstros SA? E ele sorridente afirmou. E eu fiquei muito surpresa e orgulhosa, e disse isso para ele.

   

E quando cheguei em casa mandei a foto pelo celular para meu filho, que imediatamente me mandou o nome do personagem, e perguntou quem desenhou.
Também pensei, a importância que tem essa “liberdade” que proporcionamos as crianças, de poderem se expressar, ter autonomia de fazer o que querem e o que gostam a sua maneira.
Nos trazem retornos incríveis, e não me refiro somente aos registros gráficos.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Síndrome de Tourette

Hoje quero falar sobre um filme que assisti. Confesso que não conhecia, mas a Interdisciplina de Psicologia me apresentou.
Gostei muito “O Llíder da Classe”, que conta uma linda história de um Super Professor que tem Síndrome de Tourette.
Além de ser emocionante, mostrar superação, ser reflexiva e triste em alguns momentos, eu conheci essa síndrome que nunca tinha ouvido falar.
A cada momento do filme fui ficando cada vez mais entusiasmada com o comportamento do professor com as crianças e das crianças com o professor. Achei encantador, por várias vezes me encontrei nas cenas que mostraram muitas coisas que já faço, e outras que me inspiraram a ir mais além.
E mesmo que eu tenha percebido algumas diferenças, digo, coisas que não faria, continuo afirmando que ele é um super professor, um modelo que podemos seguir.
Cito algumas falas do filme
·         “Minha doença nunca foi problema”
·         “Eu nunca trabalharia para um homem que não liga para os alunos”
·         Sobre um professor inspirador, que tipo de professor é esse? “Aquele que torna possível uma criança aprender mesmo ela sendo diferente”.
·         Eu adoro ensinar para o segundo ano, as crianças ainda tem a mente aberta. Você consegue manter uma certa disciplina, mesmo eles sendo tão abertos? “Eu faço eles entenderem quais são os limites”.
·         Qual a coisa mais importante que você tem para ensinar?
“Tudo bem ser você mesmo, tudo bem colorir do lado de fora das linhas se você é assim”.



Para Vencer as Barreiras da Inclusão

A partir de alguns materiais disponibilizados na Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, conheci a Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE, e dois Vídeos que me ajudaram a ampliar meus conhecimentos, “Deficiências e Diferenças”, e “O papel da escola, do professor e da educação inclusiva.
Conforme a leitura realizada da Nota Técnica, acredito que a mesma irá compensar um “pouco” as desigualdades em relação a não ser imprescindível mais a apresentação de laudo médico para que as crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação possam ser favorecidas as condições de participações e de aprendizagem, uma vez que o AEE caracteriza-se por atendimento pedagógico e não clínico.
Em relação aos vídeos, gostei muito da parte em que o Professor Carlos Skliar fala sobre a escola com hospitalidade, de receber o outro e oferecer tudo o que temos para lhe dar, sem se importar quem é o outro.
Precisamos vencer a discriminação, mas como desconstruir este estigma? Penso que o acolhimento é muito importante para que aja uma convivência e uma participação maior.
“É a convivência que me faz pensar no outro, e me colocar no lugar do outro, e o outro se colocar no meu lugar” Dra. Izabel
Precisamos deixar que as pessoas tenham autonomia, o direito de escolha, deixar que falem, se expressem a sua maneira.  
Conforme o vídeo a Dra. Izabel, “A diferença que traz valor, que agrega importância a cada um de nós, pois somos singular, não somos iguais, trazemos desejos, vontades e potencialidades”.
Referência:

Vídeo - Deficiências e Diferenças. MAIOR, Izabel; BEZERRA, Benilton. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=14&v=29JooQEOCvA> acesso em 03 de novembro 2017.

Vídeo - SKLIAR, Carlos. O papel da escola, do professor e da educação inclusiva. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=226&v=sFU02gs-MWk> acesso em: 14 de outubro 2017.


Conhecendo Lelê


Durante o desenvolvimento de uma de nossas nas de histórias perguntei se algumas das crianças sabiam o que significava a palavra diversidade, ou se já tinham escutado.
Uma das meninas levantou a mão e disse, “Eu sei, é diversão!”. Então perguntei para o restante do grupo se concordavam com ela, e a maioria das crianças disseram sim, outras não quiseram falar.
Continuando perguntei, - Todos somos iguais? E as crianças responderam, “Não!”, e começaram a nomear o que temos de diferente, como: Cabelos, olhos, nariz, boca, calçados, as cores das roupas. Percebi que nenhuma criança falou sobre a cor da pele. Resolvi também não colocar nada sobre essa diferença no momento.
Então dando continuidade apresentei a história, “O Cabelo de Lelê” de Valéria Belém.
Durante o desenvolvimento da história, as crianças mostraram diversas expressões em relação aos cabelos de Lelê. Em suas falas trouxeram, “Que linda a Lelê”, “Que bonito os cachinhos dela né profe.”, “Olha! Quantas Lelê”.
Após algumas crianças solicitaram o livro, mas antes conversamos sobre a história. Ficou claro que o que mais perceberam foram às diferenças em relação aos penteados que o livro mostrou.
Falei um pouco sobre o porquê de cada um de nós termos um tipo de cabelo, que seria devido às características de nossos familiares, como: mãe, pai, avós, e avôs.
A partir desta atividade, solicitei fotos de familiares para que juntos pudéssemos olhar e perceber as diferentes características que herdamos dos mesmos.
Percebi que as crianças se mostraram interessadas a todo o momento,  tivemos uma manhã rica em relação as novas descobertas e experiências que vivenciamos durante esse período, como no momento em que algumas meninas solicitaram que eu fizesse penteados nelas igual a alguns que vimos no livro. E os meninos não ficaram de fora nessa hora, os que quiseram nos ajudar foram bem vindos e fizeram parte da brincadeira ajudando a pentear e arrumar os cabelos das meninas, inclusive alguns deles também solicitou que arrumassem o seu. 
                  


Entre os Muros da Escola

Falando sobre o filme, percebi que o mesmo mostra a realidade do que escuto quase que diariamente de algumas colegas, amigos e alunos que frequentam a escola de Ensino Fundamental.
É tão triste ver um filme e saber que o mesmo está retratando uma realidade que acontece nos ambientes escolares de muitas escolas que conhecemos.
Tenho certeza que vários professores mesmo sabendo dessa realidade também ficam tristes, e até chocados quando olham um filme como esse e sabem que realmente é essa a realidade que vivenciamos dentro da maioria das escolas.

Acredito que o que falta é o respeito e amor com o outro. E não me refiro somente aos alunos, e sim a todos que fazem parte do ambiente escolar, incluindo a comunidade e autoridades responsáveis.