domingo, 12 de agosto de 2018

Abordagem Construtivista

               Algumas considerações sobre o texto Lino de Macedo.     
            O construtivismo valoriza as ações, enquanto operações do sujeito que conhece. Só a ação espontânea do sujeito, ou apenas nele desencadeada, tem sentido na perspectiva construtivista. Esta é a essência do "método clínico" de Piaget (1926), tão citado quanto incompreendido: saber ouvir ou desencadear na criança só aquilo que ela possui como patrimônio de sua conduta, como teoria de sua ação, como esquema assimilativo. Ora, em uma visão não-construtivista a ação induzida é, muitas vezes, a mais frequente.
Em uma visão não construtivista a resposta ou mensagem do professor é o que interessa. Em uma visão construtivista, é a pergunta ou situação problema que ele desencadeia nas crianças. (Macedo,
1992).
Então, acredito que numa sala de aula construtivista as crianças são ativas e respeitadas. O professor é seu parceiro em todos os momentos, e seu planejamento é baseado a partir de suas falas, suas hipóteses, reflexões, e seus conhecimentos prévios, pois só assim acredita que irão aprender cada vez mais. 
Através das experiências oferecidas, concebe situações e problematiza os erros, para que as crianças tenham a oportunidade de pensar e buscar suas próprias respostas.    
Referência:
MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/>. Acesso em: 10 abr. 2018.


       

Avaliação


A partir da leitura do texto de Ferreira, fica claro que avaliar não é fácil, e nem um processo de classificação.
Vejo a avaliação como um documento muito importante. Nele relatamos as vivências significativas das crianças a partir de documentações pedagógicas coletadas durante toda rotina escolar.
            Para que ela possa ser inclusiva, democrática e amorosa, é necessário ter diariamente um olhar sensível em relação à singularidade de cada criança no momento de observar e “avaliar” seu desenvolvimento.
                   O professor tem que assumir durante as suas vivências o papel de orientador e conduzir o processo de ensino-aprendizagem através do diálogo e da cooperação. Respeitando suas especificidades, como uma pessoa única.
Referência:
FERREIRA, Lucinete Maria Sousa. Retratos da Avaliação conflitos. Desvirtuamentos e caminhos para a superação. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2446144/mod_resource/content/2/O%20contexto%20avaliativo%20no%20cotidiano%20escolar%20de%20Lucinete%20Ferreira.pdf> Acesso em: 05 de agosto 2018.


sábado, 11 de agosto de 2018

Narrativas de Salas de Aulas


Foi bom poder participar do trabalho de campo da EJA, tanto no momento de elaboração quanto no momento das apresentações em que pude me apropriar um pouco mais da realidade desta modalidade, mesmo já tendo cursado há um bom tempo atrás.
 Ao escutar os relatos das professoras entrevistadas, percebi que elas praticamente falaram as mesmas coisas em relação à realidade e suas vivências em sala de aula.
Trouxeram narrativas de alguns alunos, e deixaram claro que cada um tem um objetivo para voltar a estudar. Inclusive uns bens específicos, de pessoas que não puderam estudar e buscavam resgatar o que deixaram para trás. Como a de uma senhora que queria se alfabetizar para ler as receitas e um senhor que queria ler a bíblia. Em alguns momentos fiquei emocionada, em outro um pouco triste diante das situações apresentadas.
Também falaram sobre as metodologias que utilizam para um melhor desenvolvimento das atividades em relação à construção das aprendizagens. Sobre proporcionar um conteúdo significativo, voltado para vida do educando, sobre as trocas, que são muito ricas. Enfim sobre a alfabetização significativa, a propriedade do acontecimento que o aluno traz, e sendo assim a compreensão para ele é muito mais rápida. E devido a essa bagagem cultural, o aluno na maioria das vezes é que dá uma aula de conhecimento.

Memórias e Comparações sobre as Tecnologias


Após descobrir que ferramentas e artefatos produzidos pela inteligência humana são considerados tecnologias. E ao relembrar e trocar informações positivas e negativas com as colegas depois de analisarmos a linha do tempo de todas, elaborei o texto falando sobre a reflexão de nossa realidade atual dentro da sala de aula. Neste consta momentos alegres, inquietações devido aos colegas que não querem evoluir conforme o tempo, ao ambiente e materiais sucateados, a evolução das tecnologias de acordo com cada  idade, enfim, nossas memórias.  
Ao observarmos as linhas do tempo umas das outras, ficou elucidado, que apesar de algumas não descreverem alguns objeto básicos como lápis e a borracha que eram utilizados na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, mesmos estes sendo bem importantes para a realização das atividades exigidas da época. Já outros, como os aparelhos de som, discos de vinil, o rádio, e o vídeo cassete, eram o que fazia a alegria da garotada, pois os momentos musicais, e os de filmes eram bem esperados, pois as aulas tradicionais eram em sua maioria muito monótonas.
Nos anos finais do Ensino Médio aproveitamos os recursos que as tecnologias tinham a nos oferecer. Os filmes, os documentários, entre outras novidades que surgiram para ajudar na elaboração de trabalhos, eram apreciados com muita empolgação devido as impressionantes imagens que os DVDs nos proporcionavam. Devido à diferença de idade nessa época, percebemos algumas diferenças significativas, como, enquanto para uma o disquete era a tecnologia utilizada para salvar os trabalhos, documentos e imagens, para outras já eram os Cd’s e o notebook as novas tecnologias do momento.
Atualmente o nosso cotidiano Universitário é repleto de tecnologias como o computador e o celular que utilizamos para facilitar as aprendizagens e oportunizar novos conhecimentos. Ferramentas rápidas e necessárias para a realização de pesquisas, trabalhos e trocas de informações. O Pen driver também é uma boa tecnologia, pois apesar de ter um tamanho pequeno, tem uma grande memória para guardar diversos documentos de maneira fácil.  
Ao analisarmos as faixas etárias presentes nas reflexões, a partir de nosso cotidiano conseguimos contemplar todas. Na Educação Infantil com a Prof. Adriana, Ensino Fundamental com a Prof. Luciane, Ensino Médio com a Prof. Débora e Universitária todas nós. Durante os diálogos percebemos que os desafios a serem superados nas escolas são singulares, cada uma tem a sua necessidade. Mas todas em prol de um mesmo objetivo em relação à importância da utilização das tecnologias.
A primeira escola tem uma sala disponível, mas não é considerada adequada, os equipamentos não são atualizados e nem estão em bom estado para o uso, quando é necessário as professoras levam seus materiais pessoais.
Na segunda escola, sentem a necessidade de um laboratório de informática.
A terceira escola, tem uma sala super equipada, mas os professores não querer utilizar esse ambiente, mostram que preferem o modo tradicional, usam somente os livros e o quadro negro.

Consciência Fonológica


Conforme o Artigo, Consciência fonológica e a aquisição da linguagem escrita: relações e implicações para a prática pedagógica.  
Para associar uma representação fonológica a uma representação gráfica, é exigida do aprendiz uma capacidade fundamental: a consciência fonológica, aqui entendida como a consciência da estrutura de sons das palavras que podem ser decompostas em três tipos de unidades sonoras: as sílabas, as unidades intrassilábicas (aliterações e rimas) e os fonemas (MARTINS; SILVA, 1999).
Confesso que nunca tinha escutado falar em "Consciência Fonológica", mas partir da leitura do artigo, consegui identificar algumas atividades com as unidades sonoras que realizei com a turma.
  • Jogo multissensorial


Na roda em duplas cantamos uma música em que temos que a partir do ritmo bater palmas, nas mãos dos colegas, e no final dar um abraço.

  •      Atividade – Rimas

Primeiramente falamos sobre as combinações e regras a serem respeitadas. Após as crianças se organizarem em duplas uma de frente para outra, foi colocado no meio de ambas uma tampinha. Após eu falava uma palavra, e quem soubesse outra que rimava, para poder falar tinha que pegar a tampinha rapidamente.
       

  • Atividade – Jogo de sílabas

Na roda apresentei um jogo que para montar as sílabas, é só as crianças encaixarem as partes que formam a imagem de um animal.


Referência:

COELHO, Maria José Gonçalves; LANZA, Paula Moreira Martins de Oliveira; REIS, Izabel Cristina da Silva. CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: RELAÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA. E11 PED 01 OUTUBRO, 2015. Disponível em: <http://blog.newtonpaiva.br/pos/e11-ped-01-consciencia-fonologica-e-a-aquisicao-da-linguagem-escrita-relacoes-e-implicacoes-para-a-pratica-pedagogica/> Acesso em: 11 de agosto 2018.




"O Menininho"


                                                 
Helen Buckley

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola... 


Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...


Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
A história exibe a prática da Pedagogia diretiva em que o professor decide o que fazer e o aluno executa, o professor ensina e o aluno aprende. Então pergunto, ele está errado? Creio que sim, pois acredito que o certo é a prática da Pedagogia Relacional, em que o professor age como um parceiro, acompanha e participa atuando como um mediador durante todo seu processo de construção. Acredita que o aluno construirá conhecimentos agindo e problematizando a sua ação.
Mas, eu penso assim, e não podemos julgar nem mudar o que outra pessoa acredita de uma hora para outra. Esta situação nos mostra o que o professor no seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e somente se, professor ensina.
Conforme o texto Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos, “epistemologicamente esta pedagogia, legitimada pela epistemologia empirista, configura o próprio quadro da reprodução da ideologia; reprodução do autoritarismo, da coação, da heteronomia, da subserviência, do silêncio, da morte da crítica, da criatividade, da curiosidade. Nessa sala de aula, nada de novo acontece: velhas perguntas são respondidas com velhas respostas. A certeza do futuro está na reprodução pura e simples do passado”. (Becker, p. 3).
Referência:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e realidade. V. 1 Disponível em:<https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2383463/mod_resource/content/1/Modelos%20pedag%C3%B3gicos%20e%20modelos%20epistemol%C3%B3gicos%20de%20Fernando%20Becker%20.pdf> Acesso em: 31 de maio 2018.





Escolarização de qualidade


Durante a leitura do texto em que Regina Hara apresentou a realidade em relação à educação de jovens e adultos, fui percebendo ao longo da interpretação do mesmo alguns pontos que não são muito diferentes da realidade escolar de outras modalidades de ensino incluindo a Educação Infantil na qual atuo.
Cito entre elas os desafios que os educadores têm para efetivarem suas práticas de escolarização, a falta de material técnico necessário, as condições mínimas de trabalho e de conhecimento de alguns professores, que mesmo assim são obrigados a aceitar o desafio de escolarizar sem o mínimo preparo necessário ao bom desempenho.
Sabemos que há tempo a educação está precária, muitas vezes é difícil e até assustador, mas precisamos continuar a lutar para garantir o direito de escolarização com qualidade para todos. Acredito que isto somente começará a mudar e irá se consumar, quando todas as classes tiverem igualdade de oportunidades.
Referência:
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2431996/mod_resource/content/0/Alfabetizacao_de_adultos__Regina_Hara.pdf> Acesso em: 10 de agosto 2018. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Mudanças significativas


De acordo com o texto Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade, ficou claro que a alternativa escolhida para uma intervenção que valorize a prática pedagógica inovadora do professor é a pesquisa. E foi através da pesquisa que estou mudando, mesmo aos poucos, o meu pensar pedagógico e minhas práticas dentro e fora de sala. Percebo diariamente o quanto é mais fácil favorecer as aprendizagens a partir de novas possibilidades, novos olhares.
Referência:

CUNHA, Maria Isabel da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004. 

Estudos de Lev Vigotsky


Para Vigotsky linguagem e pensamento estão fortemente conectados. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
O desenvolvimento cognitivo se dá pelo processo de internalização da interação social com materiais fornecidos pelo cultural.
Por meio da interação social, o sujeito entrará em contato com elementos mediadores e também fará uso deles, surgindo assim os processos mentais. A linguagem tem papel importante na formação do pensamento compreendida na relação de síntese entre organismo e ambiente.
Temos que a formação do pensamento e o desenvolvimento intelectual se dão de fora para dentro, num processo de internalização, não ocorrendo de forma passiva à recepção do conhecimento pelo sujeito.
O individuo precisa interagir, aquilo que parece individual na pessoa é na verdade resultado da construção da sua relação com o outro, coletivo que vincula a cultura. A interação é feita através da linguagem. Se não interagir não se desenvolverá como poderia.
Referência:
Vídeo – D. 04 Lev Vigotsky. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_BZtQf5NcvE> Acesso em: 07 de agosto 2018.

Estudos de Jean Piaget


Para Piaget o processo de aprendizagem está condicionado ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e seus estágios.
A partir do texto de Montoya em relação as pesquisas sobre  as origens do pensamento e da linguagem, o processo de pensamento é o resultado dos esquemas, e a linguagem é resultado do desenvolvimento dos processos mentais.
A evolução da ação do indivíduo depende da evolução das relações nas quais este se encontra inserido, e isso reciprocamente. Nessa evolução a ideia de socialização se encontra intimamente relacionada com a cooperação: socializar significa compartilhar noções e signos com uma comunidade de falantes e ao mesmo tempo distingui-los das próprias idiossincrasias e dos pontos de vista particulares.
Referência:
MONTOYA, Andrián Oscar Dongo. PENSAMENTO E LINGUAGEM: PERCURSO PIAGETIANO DE INVESTIGAÇÃO. <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388297/mod_resource/content/2/Percursos%20piagetianos.pdf> Acesso em 07 de agosto 2018.



quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Descobrindo tecnologias de antigamente

A partir do vídeo Helpdesk na idade Média, percebi que tecnologia vai além do que eu pensava pois para mim eram somente os objetos eletrônicos que utilizamos.
Descobri que os objetos, ferramentas e artefatos produzidos pela inteligência humana são considerados tecnologias. E ao relembrar, e trocar informações com as colegas percebi que muitas ainda nos acompanham, e fazem parte de nosso cotidiano desde muito tempo. Dentre elas cito: O Lápis e a borracha.
Confesso que achei muito interessante essa descoberta, nunca imaginei que esses objetos pedagógicos, que me acompanham desde a minha infância fossem tecnológicos.   

Lembranças da EJA


Ao ter que responder algumas questões sobre a EJA me fez lembrar quando fui aluna. Na época não tinha nenhuma informação, mas sabia que precisava desta oportunidade. Queria muito fazer o Magistério e não tinha concluído o Ensino Fundamental, e a EJA veio como um presente para me ajudar a concluir meus estudos.
Lembro que na época as pessoas falavam muito mal desta modalidade de ensino, e eu sem informações resolvi perguntar a um amigo advogado e com mais experiência o que ele achava de eu me inscrever, e ele logo me incentivou. E foi assim que dei o passo inicial para conquistar meus objetivos profissionais, meu sonho.
Então refletindo sobre eu não ter informações na época, a partir de um dos textos apresentados descobri que a origem da EJA estimam que a primeira prática educativa destinada ao ensino de pessoas jovens e adultas em terras brasileiras tenha se dado pelos padres jesuítas, em 1549.
Mas também que até o momento, a conjuntura educacional brasileira apresentada revela episódios históricos que fizeram apenas alusão ao ensino de pessoas jovens e adultas, não constituindo, ainda, iniciativas de caráter prioritariamente educativo. E que os principais desafios para a EJA no Brasil hoje é o direito a escolarização com qualidade.
Referência:
MACHADO, Maria Margarida. A educação de jovens e adultos Após 20 vinte anos da Lei nº 9.394, de 1996. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381367/mod_resource/content/1/687-2246-1-PB.pdf> Acesso em: 04 de agosto 2018.
VIEGAS, Ana Cristina Coutinho; MORAES, Maria Cecília Sousa de. UM CONVITE AO RETORNO: RELEVÂNCIAS NO HISTÓRICO DA EJA NO BRASIL AN INVITACIÓN PARA REGRESAR: HISTORIA DE LA RELEVANCIA EJA EN BRASIL AN INVITATION TO RETURN: RELEVANCES IN THE HISTORY OF EJA IN BRAZIL. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381368/mod_resource/content/1/8321-26449-1-PB.pdf> Acesso em: 04 de agosto 2018.

Espaços Significativos

 Falar de escolas democráticas é pensar na mudança, é acreditar e contribuir para que os espaços escolares tenham muitas “Salas laboratórios”. Onde os ambientes sejam pensados a partir das necessidades, que as aprendizagens possam ser construídas de forma significativa, e que ocorram naturalmente respeitando o tempo de cada um. Oportunizando que as aprendizagens se construam também a partir das trocas, tendo o professor como um facilitador, incentivador.
O texto de Juan Deival, Aprender Investigando nos diz, “O conhecimento deve ser construído e não transmitido”.
Que estes momentos sejam ricos de experiências prazerosas, e que os erros possam fazer parte do processo da construção dos futuros conhecimentos.
Referência:

DEIVAL, Juan. Aprender Investigando. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2210810/mod_resource/content/2/Aprender%20investigando%20-%20Juan%20Delval.pdf > acesso em: 18 de março 2018.

Criando uma escola

Diante da proposta de criar uma escola pensei na realidade que gostaria de ver. Só que primeiramente teria que pensar para quem seria esta escola, e saber sua realidade, começar a partir de suas vivências.
Mas também pensei que só isso não bastaria, pois queria que fosse um lugar democrático, então teria que iniciar dando exemplos, foi aí que decidi, para que essa ideia se efetive tenho que convidar os interessados para participar juntamente comigo de todo o processo de desenvolvimento da mesma.




domingo, 18 de março de 2018

Aprendizagem

... o processo mais fundamental de toda conduta de aprendizagem consiste em que o sujeito aprenda a aprender (apud Inhelder, Bovet, Sinclair, 1977, p.116).



Mas como aprender numa escola como esta citada à cima no curta "Escolas Democráticas? Onde se vê as crianças como se fossem robôs, os professores autoritários com métodos tradicionais transmitindo o conhecimento em vez de construir junto com os alunos.
 O professor deve trabalhar afim de que seu aluno construa, invente, pense e reflita.  A escola precisa se transformar cada vez mais para que a criança possa ser espontânea e ativa em todos os momentos e não ser vista como uma tábula rasa.  
Referência:
BECKER, Fernando; MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. APRENDIZAGEM HUMANA: PROCESSO DE CONSTRUÇÃO. 
Texto publicado na Pátio. Revista Pedagógica. Ano IV, Nº. 15, p.58-61, nov. 2000/jan. 2001. ISSN 1518- 305X.
PIAGET, Jean. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM. Disponível em:  <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2119108/mod_resource/content/2/Texto%20Desenvolvimento%20e%20aprendizagem%20de%20Jean%20Piaget%20.pdf> acesso em: 15 de março 2018.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O Início

Para dar início as atividades de Seminário Integrador, foi necessário descrever uma situação de diversidade e preconceito.
Minha História
No Primeiro momento pensei o que escrever em relação ao tema, mas daí lembrei-me de uma situação que me deixou muito triste. Foi na primeira vez que tive oportunidade de me inscrever no Curso Normal numa escola do bairro em que morava em Porto Alegre. Digo primeira oportunidade, pelo fato de antes não ter tempo disponível para fazer devido ao trabalho em que atuava na época, e de ter filho pequeno e não ter com quem deixá-lo.
Ao ser informada que tinha sido aberta as inscrições para o Curso Normal no bairro em que morava, fiquei muito animada, pelo fato de ser perto de onde morava, e poder vir a realizar um sonho antigo. Fui a escola para realizar a inscrição, nesse momento muitas coisas passaram em minha cabeça, eu era só alegria. Mas quando fui atendida tive como resposta que pela minha idade não conseguiria a vaga. Lembro que fiquei arrasada, sai de lá calada, sem fazer qualquer pergunta, achei aquela situação normal, e que não adiantaria argumentar. Hoje percebo que perdi tempo por não ter o mesmo olhar que tenho atualmente, acredito que fui discriminada por ter mais idade em relação às outras candidatas.  
Na sequência foi elaborado o quadro de certezas e dúvidas sobre a situação descrita.
·         Certezas
Não existe limite de idade para estudar
Existe discriminação
Dói ser discriminada

·         Dúvidas
Por que as pessoas discriminam umas as outras, será devido à cultura e/ou falta de educação, informação?
Será que as pessoas atualmente acham normal serem discriminadas pela idade quando decidem estudar após terem mais idade?
Por que hoje temos um novo olhar em relação às questões sobre diversidade e preconceito?
E após realizei uma enquete em que 24 pessoas responderam, e todas afirmaram que NÃO existe idade certa para quem decide estudar. 

Até aí tudo tranquilo, mas no momento de ter material para embasar meu trabalho achei bem difícil, fiquei bem perdida, pesquisei várias vezes e somente encontrei material que falavam sobre preconceito e discriminação etária em relação a trabalho, e não sobre educação.
Acredito que tenha sim material que fale sobre esse assunto, mas no momento não encontrei, e tenho pouco tempo para realizar uma pesquisa mais profunda sobre esse tema, que além de ser importante, também me fez sofrer.
Então decidi mudar, falarei somente sobre diversidade e preconceito, que é tão importante quanto o que sitei acima, e assim poder dar seguimento ao trabalho.




segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Censo Escolar

Na escola em que trabalho que é uma EMEI em Novo Hamburgo, o censo escolar é realizado pela secretária, mas se a mesma não der conta a diretora que assume a responsabilidade, inclusive leva o material para casa afim de cumprir os prazos.
Mas quando eu trabalhava em Porto Alegre numa escola conveniada com a prefeitura, eram as coordenadoras que realizavam e eram totalmente responsáveis por toda documentação.
Percebo que era bem diferente da realidade que vivencio hoje. Na escola conveniada era preciso ir até a Secretaria de Educação para realizar esse trabalho, pois não tinham internet, alegavam que não tinham dinheiro para ter esse “Luxo”.
Mas, com o tempo ficou claro que não davam a total importância para a realização do censo, que requer tempo para ser realizado.
Lembro que na época a responsável dizia, coloca qualquer coisa, é bem rápido, eu já fiz isso.
Na escola em que atuo, as professoras tem em sala a ficha de entrevista de cada criança, mas a mesma não contém os dados que é preciso para realizar o censo. Então foi necessário falar com a diretora para poder fazer a pesquisa. Solicitar para usar as fichas de inscrições e matrícula das crianças.
Durante o processo percebi que o que já sabia mais uma vez se afirmou. Que a maioria das crianças são declaradas de cor branca, apenas duas estava marcado as opções de cor ou raça não declarada, e nenhuma declarada preta ou parda. O que me deixou “chocada”, usei essa palavra naquele momento quando fui falar com a diretora sobre como se dá o preenchimento desse item.
De acordo com dados do Unicef, a média nacional de 38,6% fora da escola esconde iniquidades: entre as crianças brancas, o dado é mais favorável (36,1%); entre as crianças negras, porém, 41% não frequentam a pré-escola. Essa disparidade demonstra a desigualdade entre brancos e negros desde o início da escolaridade.
A diretora me respondeu que sempre perguntam as famílias. Algumas respondem de pronto, outras permanecem um momento calada, pensando, ou pedem ajuda na resposta. E também que nas certidões de nascimentos não constam mais a cor das pessoas como eram as de antigamente. Então, fica registrado na maioria a opção que as famílias falam.
Nesse momento concordei com ela, pois lembrava que nas certidões de antigamente já era escrito à nossa cor, pois a minha era assim.
Também falei que até achava melhor no ter mais por escrito esse item, pois na minha certidão estava que sou de cor branca, e na verdade sou preta. Minha mãe disse que foi feita logo após meu nascimento, então a pessoa do cartório ao me ver não aceitou colocar de cor preta.
 E isso aconteceu comigo e com muitas outras pessoas, incluindo alguns de meus irmãos pelo fato de nascermos mesmo de cor branca, o que acontece com a maioria dos bebês que tem a mistura preta e branca na família. Mas após alguns meses, cada um vai adquirindo sua cor. É claro que sabemos que algumas crianças permanecem com a cor branca também. Por esse motivo, acho melhor não constar nas certidões a cor ou raça. 
Em relação ao que citei sobre as pessoas que fazem essa parte nos cartórios, escolas ou outros lugares, conforme o texto, A cor ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep concordo que este é um campo que ainda requer aprimoramento em seus procedimentos de coleta. E que também é importante padronizar a redação da pergunta sobre o pertencimento racial do respondente.
Ao contrário do que li no texto citado a cima, na escola, mais precisamente em minhas turmas, ainda permanece a maioria das crianças sendo marcada a opção de cor branca. Mesmo que se fizesse uma nova pesquisa, ficaria assim, a porcentagem maior seriam os que se declaram brancos.
 Afirmo isso devido ao fato de um dia levar uma boneca preta para compor os brinquedos da sala, e de apresentar para as crianças uma artista preta (cantora).
Em nossas conversas a partir de uma frase da música, “Menina pretinha, você não é bonitinha você é uma rainha”, surgiu uma “descoberta”. “Eu sou igual a MC Soffia!” disse uma menina. A partir desta algumas crianças começam a se descobrir em relação à cor. Então percebemos que naquele ano, em nossa turma só tinha duas meninas negras e nenhum menino. 
Eu fui mais além, e fiz uma pesquisa nas outras turmas da escola, e ficou claro que realmente tinha um número bem menor de crianças de cor negra, que também se repetiu no ano de 2017, por isso afirmei sobre a cor branca ter um maior percentual.
“Longe estamos de garantir cobertura de atendimento em Educação Infantil para a grande maioria da população brasileira. De acordo com dados do Unicef, a população indígena e negra são os segmentos mais excluídos do acesso à educação na faixa etária dos zero aos seis anos”.
Referência:
SENKEVICS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de Sant’Anna ; OLIVEIRA, Adolfo Samuel de. A cor ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep. – Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2016. 48 p.: il. – (Série Documental. Textos para Discussão, ISSN 1414-0640; 41). Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2207318/mod_resource/content/1/A%20Cor%20ou%20Ra%C3%A7a%20nas%20Estat%C3%ADsticas%20Educacionais%20-%20uma%20an%C3%A1lise%20dos%20instrumentos%20de%20pesquisa%20do%20Inep.pdf> acesso em: 15 de novembro 2017.
Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília: SECAD, 2006. Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2110273/mod_resource/content/2/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20e%20A%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20das%20Rela%C3%A7%C3%B5es%20%C3%89tnico-Raciais.pdf> acesso em: 12 de janeiro 2018.













Falando de Valores

A partir da leitura de Alberto Noé, ficou muito claro que o processo educacional emerge através da família, igreja, escola e comunidade.
 Acredito que nós educadores e a família temos um papel muito importante em relação à moralidade. Somos modelos/referência para as crianças, devemos oferecer através das ações e as palavras, os valores e seus deveres, de maneira lúdica, mas, clara e afetiva.
A criança só pode conhecer o dever através de seus pais e mestres. É preciso que estes sejam para ela a encarnação e a personificação do dever. Isto é, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. A autoridade não é violenta, ela consiste em certa ascendência moral. Liberdade e autoridade não são termos excludentes, eles se implicam. A liberdade é filha da autoridade bem compreendida. Pois, ser livre não consiste em fazer aquilo que se tem vontade, e sim em se ser dono de si próprio, em saber agir segundo a razão e cumprir com o dever. E justamente a autoridade de mestre deve ser empregada em dotar a criança desse domínio sobre si mesma. (DURKHEIM, 1973:47).
Valores que são construídos através das trocas no meio familiar, escolar e até social, diariamente durante nosso cotidiano.
São atitudes que decorrem ao acaso naturalmente, sem imposições, num universo coletivo em que juntos vivenciamos situações que favorecem diversas experiências em que estão presente, a colaboração, a afetividade e os conflitos.  
Referência:
NOÉ, Alberto. A Relação Educação e Sociedade: Os Fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo.  Disponível em: <https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2133518/mod_resource/content/1/A%20RELA%C3%87%C3%83O%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20E%20SOCIEDADE.pdf> acesso em: 14 de outubro 2017.